Juninho ainda lamenta lance que poderia ter mudado Mundial de 2000

Dias antes do primeiro duelo contra o Corinthians, pelas quartas de final da Copa Santander Libertadores, a partida que vem à mente de Juninho ao pensar no time paulista é a decisão do Mundial da Fifa de 2000, no Maracanã.

Uma das estrelas do elenco cruzmaltino na época, que antes conquistara um Brasileirão, uma Libertadores e uma Mercosul, o Reizinho não esquece o jogo que decretou novo revés em um Mundial.

O camisa 8, na realidade, além de lamentar a derrota para o Timão na decisão por pênaltis, recorda um lance em especial, onde recebe passe dentro da área e, com o gol à frente, prefere tocar para Edmundo dentro da área (veja a reprodução do lance na página), desperdiçando a chance de dar o maior título da História do clube.

- Eu participei daquela partida. Foi uma derrota marcante, pois aquela geração foi marcante. Nós perdemos dois Mundiais. Eu não tenho boas recordações, infelizmente. Foi uma derrota nos pênaltis. Perdemos algumas coisas que não esperávamos. Não me incomoda falar, mas se tivesse oportunidade de chutar aquela bola, eu chutaria. A vida é assim. Fico tranquilo em assumir o meu erro. Já fazem muitos anos - recordou o Reizinho para, em seguida, confessar que nunca assistiu a decisão de novo.

- Eu não quis ver o jogo. Nunca quis ver tudo que passou. Eu ficava pensando algumas vezes, remoendo. Na hora deveria cruzar a bola. Mas eu senti também que poderia ter chutado - revelou.

Ao lembrar da derrota para o Timão, Juninho recordou de outras derrotas na carreira, mas sabe que momentos de felicidade também podem ser inesperados:

- Na semifinal contra o River, eu converti a falta que nem pensava que poderia acertar. Marcou muito como as derrotas, a Copa de 2006. Mas vou lutar sempre para vencer.

Bate-Bola com Juninho

VOLANTE DO VASCO, EM ENTREVISTA EM SÃO JANUÁRIO

Antes do começo da Libertadores você se mostrou preocupado porque o Vasco estava há muito tempo sem jogar essa competição. Agora, com a classificação, está mais confiante?

Eu não posso afirmar que o time tem o futebol de campeão de Libertadores. Falei porque o Vasco não disputava há muito tempo. Conversei com o pessoal, para que a gente não começasse a competição com uma grande expectativa. Hoje é diferente. Estamos próximos. Mas não será por isso que somos favoritos para chegar à final. Temos que ter humildade e muito pé no chão para passar.

Na última quarta-feira, você atuou os 90 minutos contra o Lanús (ARG) e ainda cobrou pênalti. Terá condição de jogar o primeiro jogo contra o Corinthians, pelas quartas de final?

Uma semana dá para me preparar bem para jogar contra o Corinthians. O jogo é na semana que vem e me dá tempo para melhorar o condicionamento. Fizemos um planejamento para evitar grandes desgastes e funcionou

"Eu não sou o amanhã"

Às vésperas do início do Cam- peonato Brasileiro, o Reizinho, que terá seu vínculo com o Vasco encerrado no meio do ano, disse que gostaria de disputar a compe- tição nacional. Mas ele, sempre sincero, faz ressalvas.

Juninho destaca que o clube precisa pensar também no "amanhã", ou seja, nos mais jovens.

- Hoje eu gostaria de jogar ainda. Estou me sentido bem e que posso ajudar Mas eu não sou o amanhã do Vasco. A gente pode estar perdendo o Allan, que eu considero um grande jogador. É importante manter uma base forte. Espero que esses jogadores sejam valorizados - disse ele.

Gol de falta na reestreia

Logo em seu primeiro jogo após o retorno ao Vasco, Juninho teve o Corinthians pela frente. E o Reizinho mostrou que a pontaria continuava afiada ao balançar a rede, de falta, e abrir o placar no primeiro minuto da partida. O jogo foi no Pacaembu e valia pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro do ano passado. O time cruz-maltino, porém, acabou levando a virada e perdendo por 2 a 1.

Na ocasião, Juninho foi substituído aos 28 minutos do segundo tempo por Allan.

Fonte: Lancenet