René Simões conseguiu uma grande vitória à frente das categorias de base do São Paulo: o clube resolveu não contratar Thiago Mosquito, atacante de 16 anos, que abandonou o Vasco após se destacar na seleção brasileira. "O jogador deixou o Vasco e assinou contrato com o Macaé. Com esse status, foi oferecido ao clube. A diretoria do profissional ficou animada, mas eu disse que não gostaria que um jogador nosso fosse para a seleção, fugisse e aparecesse em outro clube".
Para ele, o São Paulo é o clube que mais tem de tomar cuidado com esse tipo de ação. "Não há clube no Brasil que invista tanto na base como o São Paulo. Por isso, precisa dar exemplo. Essas relações entre clubes precisam ter um grau de civilidade maior, não pode ser de guerra".
René conta que houve uma reunião com 40 coordenadores de base de times brasileiros e que uma espécie de código de conduta foi firmado. "O jogador em formação pode sair de um time para outro, mas o clube formador precisa ser ressarcido. Me ofereceram dois jogadores do Botafogo. Imediatamente liguei para o diretor deles. Ele explicou que um dos jogadores era inegociável e que o outro custava tanto. Não aceitamos. Pronto. O Santos fez uma peneira em Goiás e selecionou um garoto. Ele já estava na Vila quando o Goiás ligou e explicou a situação, disse que o jogador tinha vínculo lá. Aí, acertaram um valor e o menino saiu. Esse é o caminho".
A contratação de René foi acertada após a eliminação do São Paulo na primeira fase da Copa São Paulo, o que ocasionou grande revolta em Juvenal Juvêncio. Ele considera os 10 a 0 sobre o Botafogo-PB como o motivo da eliminação. "Esse resultado é muito enganoso. Se você perde por 10 a 0, fica em depressão. Se ganha, fica fora do ar. Aqueles meninos, depois da vitória, precisavam de chuteiras de chumbo para voltarem a ter os pés no chão. Eles estão se reencontrando".
Fonte: Blog do Menon - UOL