O técnico Cristóvão Borges “contratou” os serviços de um espião secreto para conseguir superar o Lanús-ARG nas oitavas de final da Libertadores. Abelairas encarnou o papel de agente 038 e fez um relatório completo para o treinador. O volante, que tem sofrido com dores nas costas e por isso sequer viajou com o time, atuou por muitos anos na Argentina e conhece bem os esquemas e os jogadores adversários. Todo esse conhecimento foi compartilhado com a comissão técnica e com os colegas de time. Mas não lhe peça para contar quais as armas que ele indicou que o comandante pode usar.
- Não vou contar não (risos). Se eu contar, eles vão saber lá. Mas no primeiro jogo já deu para perceber que algumas coisas que eu passei aconteceram. Eu joguei com alguns jogadores de lá e contra a maioria deles. O Cristóvão assistiu a muitos vídeos, mas sempre é bom ter mais detalhes não é? Quanto mais informação, melhor. Assim, ele pode armar a equipe como achar melhor – disse o argentino.
Mesmo sem contar os detalhes que passou para Cristóvão, Abelairas revela que reforçou os cuidados que o time deveria ter com o meia Velari e com o atacante Pavone. O volante teve oportunidade de jogar com ambos e viu de perto a qualidade dos seus conterrâneos.
- Joguei com o Valeri na seleção sub-20 e com o Pavone no River Plate. O Valeri é muito bom jogador. Tem muita técnica e é o líder do time. Nenhuma jogada é armada sem passar por ele. Ele concentra todas as ações ofensivas da equipe. O Pavone é muito forte e não desiste nunca de uma jogada. É impressionante. Com ele não tem bola perdida, tem que estar atento o tempo todo.
Agente Abelairas garante: campo da volta favorece o Vasco
Além da equipe, Abelairas conhece bem o clima do estádio La Fortaleza. O jogador diz que o ambiente lá é bem diferente da imagem que os brasileiros têm dos caldeirões argentinos. Segundo o volante, a pressão não é tão grande como a Bombonera (estádio do Boca Juniors), por exemplo.
- Nem se compara com a Bambonera. É bem menos pressão. Os torcedores não ficam tão em cima, embora apoiem bastante. A distância é mais ou menos como aqui em São Januário. O Lanús é uma boa equipe, mas não tem tanta torcida quanto Boca e River.
Segundo o jogador, o gramado do estádio do Lanús pode ser um aliado do Vasco. Abelairas garante que o campo tem uma qualidade muito grande, o que favorece as equipes que têm qualidade na posse de bola, como o Gigante da Colina.
- O gramado lá é muito bom. A bola corre muito bem. Isso vai ajudar nossa equipe, que tem muita qualidade no toque de bola. Acho que vamos jogar melhor lá do que no Rio porque aqui choveu e acabou deixando o campo muito pesado.
Com a vitória, por 2 a 1, conquistada em casa, o Gigante da Colina joga por um empate em Buenos Aires, na próxima quarta-feira, para se classificar. Caso o time argentino vença por 1 a 0 ou por dois gols de diferença, segue na competição. Vitória do Lanús por um gol, mas com o Vasco marcando dois ou mais gols (3 a 2, por exemplo) dá a vaga ao time carioca.
Fonte: GloboEsporte.com