Rápido, ousado e habilidoso. É dessa forma que podemos resumir o atacante Yago, que vem encantando os vascaínos que acompanham os jogos da categoria de juniores. Natural do Espírito Santo, o garoto chegou ao Vasco em 2005 graças a um convite do falecido olheiro Nélson Teixeira, que o viu atuar numa competição realizada na capital capixaba e gostou muito.
A primeira vez que Yago apareceu para a grande parte dos torcedores cruzmaltinos foi em 2010, quando ao lado de Erik, Guilherme Costa e Jhon Cley formou um quarteto ofensivo muito eficiente no Torneio Future Champions, realizado no Estado de Minas Gerais. Na época, o jovem chegou a ser comparada a Denner, atacante que brilhou no Brasil durante o início da década de 90 e faleceu quando vivia um grande momento com a camisa do Vasco.
O torneio passou, mas a comparação ficou. Com ela, Yago chegou à Seleção sub-17 e brilhou nas competições que a equipe juvenil do cruzmaltino disputou. No início de 2012, já na equipe de juniores, o capixaba surpreendeu a todos e participou bem da Copa São Paulo. As boas atuações fizeram com que ele conquistasse espaço no time comandado pelo técnico Galdino e fosse relacionado para algumas partidas do time profissional.
É com esse jogador, que para o especializado site ‘Olheiros.net’ é um dos melhores atacantes da geração 94 do Brasil, que o site ‘Torcida do Vasco’ bateu um papo. O resultado desta conversa você confere abaixo:
Como iniciou a sua trajetória no futebol Yago? Sei que você é natural do Espírito Santo e veio para o Vasco por conta do falecido olheiro Teixeira. Conta um pouco sobre essa historia…
“É. Eu estava disputando uma Copa Gazetinha e fui visto pelo Nélson Teixeira, que gostou do meu futebol e me trouxe para o Vasco’.
E como você avalia sua passagem pelo clube até agora?
“Até agora, graças a deus, foi brilhante a minha passagem. Quero muito mais, quero dar muitas alegrias para a torcida vascaína”.
Podemos dizer que a categoria juvenil foi a melhor para você?
“Sim, foi a melhor”.
O Tornado, treinador do Juvenil, afirmou recentemente que é admira o seu futebol. Como você recebe os elogios do seu antigo treinador? Como é a sua relação com ele?
“Tornado é como um pai para mim. Ele me ensinou muitas coisas. Se hoje meu futebol está evoluindo é por conta do trabalho dele. Não tenho o que reclamar do Tornado, que me ensinou muitas coisas. Se não fosse ele, não estaria onde estou hoje. Que ele possa continuar cedo esse cara gente boa que é, fora e dentro de campo”.
O que você mais aprendeu com ele?
“Aprendi a ser mais seguro nas coisas que eu faço, porque antes de eu subir para o juvenil eu tinha medo de fazer as coisas, como ir para cima dos jogadores. Ele sempre me cobrou isso e me disse que eu tenho que dribla sempre em direção ao gol”.
Você, após o Future Champions, chegou a ser convocado para a Seleção Sub-17. O que você sentiu ao ser convocado? Por qual motivo acha que não conseguiu disputar o Mundial?
“Foi uma notícia que me deixou muito alegre. O que me atrapalhou foi a ansiedade e por conta disso não consegui mostra o que eu sei nos treinos. Acho que se hoje eu for convocado mais uma vez conseguirei um melhor aproveitamento. Mas foi muito boa a experiência”.
Você é um jogador leve, muito veloz, mas muito franzino. Tem tido algum tipo de dificuldade nesse inicio de trajetória no juniores?
“Não, mas eu já estou fazendo um trabalho para pegar massa muscular”.
Você iniciou a temporada como reserva na Copa São Paulo, mas no Campeonato Estadual foi titular em alguns jogos. Como você avalia seu desempenho na categoria até agora?
“Graças a deus meu desempenho esta sendo bom. Está dando tudo certo”.
Como você fez para superar a saudade dos seus familiares que estão no Espírito Santo?
“Minha mãe mora comigo no momento, mas foi difícil quando cheguei. Eu tinha apenas doze anos, sentia muitas saudades e ficar longe foi muito difícil, mas superei isso tudo e hoje está dando tudo certo na minha vida”.
Quem mais te ajudou no Vasco a superar essa dificuldade?
“Meus amigos, principalmente o Erik, o Jonatas Paulista e o Jhon Cley”.
Você recentemente foi relacionado para alguns jogos do time profissional. Como você se sentiu ao saber que iria concentrar com o time de cima? Quem te deu a notícia?
“Foi o nosso Coordenador Jair Bragança que me avisou. Foi muito bom, foi a melhor notícia da minha vida”.
Como foi conviver com os craques Dedé, Juninho e Felipe? Quem mais te deu conselhos? O que eles te falaram? Cristovão conversou com você?
“Foi muito bom. O Felipe me deu conselhos e falou para eu entrar com tranqüilidade e para jogar o que eu sei, pois dessa forma eu iria me dar bem. Garanto a todos que se tiver outra oportunidade de ser relacionado e entrar em campo, não vou decepcionar. Vou aproveita bem e vou agarrar”.
Muitos torcedores te comparam com o Denner. O que você pensa sobre isso? Você é muito novo e não o viu jogar, mas na internet possui vídeos. Chegou a ver?
“Sim, mas eu acho que é por causa da velocidade e do estilo de jogo. Digo isso porque falta muito ainda para me comparar com o Denner, que foi um grande jogador. Sei que a carreira dele foi curta, mas ele mostrou que era um excelente jogador e que ia dar muitas alegrias para a torcida vascaína. Vou trabalhar para ser o novo Denner da Colina (risos)”.
Quais são os seus planos para 2012? Quer se firmar no Profissional? Chegar na Seleção sub-20?
“Claro. Esse é meu objetivo. Quero me firmar no profissional e chegar à Seleção Brasileira novamente”.
Quais são os seus ídolos no futebol?
“Samuel Eto´o, camaronês que jogava na Inter de Milão. Eu sou fã dele e do próprio Jhon Cley. Esses são os meus ídolos”
O que representa o Vasco para você?
“Minha segunda família”.
O que a torcida pode esperar do Yago caso ele receba uma chance no time profissional ainda nesse ano?
“Vou subir para ajudar, vou subir para somar e farei de tudo para dar alegrias para todos que confiam no meu potencial”.