No gramado do Engenheiro Araripe, Geovani brilhou com a camisa da Desportiva, no início dos anos 80, e acabou indo parar no Vasco, onde virou ídolo. Cerca de 30 anos depois, o ex-jogador viu o filho Andrey comemorar uma conquista também no Jardim e com a camisa cruz-maltina, diante justamente do time grená.
Depois de um empate sem gols com a Tiva, o time sub-20 do Vasco fez 4 a 2 nos pênaltis e levantou a taça da 1ª Festa da Família Trabalhadora do Espírito Santo. Nas semifinais, pela manhã, a Desportiva havia vencido o Vitória por 2 a 0, e o Vasco fez 2 a 1 no Botafogo.
“É muito legal estar aqui, no mesmo campo onde meu pai iniciou a carreira. Desde que comecei a jogar bola, aos 13 anos, ele sempre me deu boas dicas”, destacou o meia-atacante Andrey, de 19 anos, que impressionou pela semelhança física e a forma de conduzir a bola semelhantes ao pai, além de vestir também a camisa 8.
Apesar de a equipe cruz-maltina ter se sagrado campeã, quem mandou no jogo foram os garotos da Desportiva, que no primeiro tempo desperdiçaram chances claras de marcar, com Vitor Visa, de cabeça, e Feijão.
Na segunda etapa, logo no primeiro minuto, Feijão arriscou de fora da área e obrigou o goleiro vascaíno a praticar ótima defesa. Aos 18 minutos, Feijão fez o lance mais bonito do jogo. Ex-Vitória, o garoto recebeu na área, dominou e, de costas para o gol, mandou uma linda bicicleta, que só não foi perfeita porque o goleiro vascaíno conseguiu espalmar.
A partida terminou sem gol. Nos pênaltis os grenás despediçaram as duas primeiras cobranças, os vascaínos converteram todas e venceram por 4 a 2.
“A gente foi melhor durante os 90 minutos, perdemos alguns gols, mas é levantar a cabeça porque pênalti é loteria”, lamentou o atacante Feijão.