Quando está em campo, Dedé faz a diferença na zaga vascaína. E quando está fora... Também. Ontem, após o jogo contra o Botafogo, Cristovão Borges até negou uma “Dedépendência”, mas números mostram a inferioridade defensiva da equipe sem o Mito entre os 11.
Pelos números desta temporada, o aproveitamento do time cai com a ausência de Dedé. Já o número de gols sofridos, sobe (ver gráfico comparativo na página). E a zaga ainda vai ter de se virar sem o Mito para o jogo desta quarta-feira, pela Copa Santander Libertadores
O zagueiro vai fazer um novo exame nesta noite para avaliar se houve grande redução no edema, mas já está vetado do primeiro jogo contra o Lanús (ARG), em São Januário. A boa notícia é que, segundo os médicos do clube, pelo andamento da recuperação, há grandes chances de o camisa 26 já realizar algumas atividades com bola nesta semana e reaparecer na partida de volta contra os argentinos, marcada para o dia 9.
O Vasco já ficou sem jogadores importantes em outras situações, como Felipe, Juninho, Diego Souza e Eder Luis, mas conseguiu se virar com as opções no elenco. Com Dedé, ou melhor, sem Dedé, isso ainda não aconteceu.
Contra o Botafogo, a defesa voltou a ser alvo de críticas, principalmente nas jogadas aéreas. Desta forma, saiu o segundo gol do Fogão.
– Vacilamos nesses lances. O Cristóvão treinou e avisou a semana toda sobre essas jogadas do Botafogo. No jogo, nós tomamos um gol dessa maneira – esbravejou o Maestro Felipe.
Renato Silva e Rodolfo vêm formando a dupla titular na zaga vascaína. Douglas também já teve algumas chances. Recentemente, o clube contratou Fabrício, que tem sido pouco aproveitado até agora.
Dedé está fora de combate desde o confronto contra o Alianza Lima (PER), quando já havia atuado no sacrifício e até deixou o gramado mancando. De lá para cá, foram cinco jogos, com a equipe cruz-maltina sofrendo oito gols.
Dedé está com um edema ósseo na fíbula da perna esquerda. O prazo otimista para retorno era de três semanas, mas não houve grande melhora no início do processo. Com isso, o departamento médico passou a trabalhar com quatro semanas até sua volta ao campo.
No domingo, logo após o jogo contra o Botafogo, Cristovão Borges, apesar de reconhecer a importância de Dedé, elogiou o elenco.
– Se houvesse dependência, não teríamos chegado à final da Taça Rio sem ele – disse o treinador.
EUROPEUS NÃO DESISTEM DO MITO
O assédio europeu pelo zagueiro Dedé não para. O Benfica, de Portugal, já tentou a contratação dele no ano passado, mas a negociação não teve andamento, muito pela vontade do próprio jogador. Recentemente, os portugueses voltaram a mostrar interesse. O assunto vem ganhando cada vez mais destaque na imprensa lusa.
A Juventus, da Itália, também fez uma sondagem no início da temporada por Dedé, mas não houve proposta oficial. Para a reabertura da janela de transferências, em julho, a diretoria vascaína sabe que novas investidas serão inevitáveis.
O Vasco vem tentando segurar Dedé. O presidente Roberto Dinamite já chegou a falar em um projeto para mantê-lo por mais tempo no clube. O próprio jogador deu entrevistas dizendo que gostaria de ficar, pelo menos, até a Copa de 2014.
OS NÚMEROS COM E SEM O CAMISA 26
Campanha com Dedé
14 jogos/ 10 vitórias/ 2 empates/ 2 derrotas -> 76% de aproveitamento
Campanha sem Dedé
11 jogos/ 7 vitórias/ 1 empate/ 3 derrotas -> 66% de aproveitamento
Média de gols:
Com Dedé
14 gols sofridos em 14 jogos - 1g/por jogo
Sem Dedé
14 gols sofridos em 11 jogos - 1,28g/por jogo
Fonte: Lancenet