Jovens que se entregam em campo, Elkeson e Fellipe Bastos foram criados de maneiras bem diferentes, mas cresceram como apostas de talento para o futebol. Neste domingo, às 16h (de Brasília), eles defenderão Botafogo e Vasco, respectivamente, na final da Taça Rio, conscientes de como podem ser importantes para o sucesso de seus times no Engenhão.
Nascido no interior do Maranhão e revelado pelo Vitória, Elkeson tem 22 anos de idade, apenas seis meses mais velho do que Fellipe Bastos. Na Bahia, apareceu como grande revelação e chegou ao Botafogo, credenciado por seus chutes potentes, mesma arma de seu adversário.
Um ano depois, Elkeson evoluiu. Sozinho no Rio de Janeiro, sofreu com um longo jejum de gols no segundo semeste do ano passado. Mais presente na área e maduro para absorver as críticas, cresceu e hoje se transformou numa arma dentro da área. Seus cinco gols foram marcados assim, uma característica adotada pelo Botafogo, que fez apenas dois de seus 44 gols no ano de fora da área, com Maicosuel e Herrera.
- Quando vi o Elkeson atuar pelo Botafogo, recebi uma proposta para ser técnico na China e pensei em levá-lo. Eu o vejo hoje participando mais do conjunto. Entendendo bem isso. Ele está buscando se reencontrar com grandes momentos, como foi a sua convocação para a Seleção Brasileira. É um jogador inteligente, com potencial, força técnica e juventude. Vai ter um crescimento grande na temporada - comentou o técnico do Botafogo, Oswaldo de Oliveira.
Ao contrário de Elkeson, Fellipe Bastos tem brilhado na temporada. Este ano, ele marcou cinco gols, todos de fora da área, sendo um deles numa bela cobrança de falta na derrota do Vasco por 3 a 1 para o Botafogo. Criado no Rio, revelado pelo rival e com passagem pelo Benfica, o meia de 22 anos parece ter se firmado no time comandado por Cristóvão.
Este ano, em 20 jogos disputados, Fellipe Bastos marcou o mesmo número gols das suas duas primeiras temporadas com o Vasco. A confiança tem sido fundamental para ele conseguir fazer os gols, como aconteceu na vitória por 2 a 1 sobre o Alianza, em Lima, fundamental na classificação do time para as oitavas de final da Taça Libertadores.
- Sempre tive essa característica e há pouco tempo a bola não estava entrando. Aqui no Vasco sou sempre instruído a arriscar. O Cristóvão, o Felipe e o Juninho me incentivam muito - disse Fellipe Bastos, que espera ver Elkeson manter o jejum de gols em chutes de fora da área. - Sei que uma hora a bola começa a entrar. Espero que isso não comece justamente contra o Vasco.
Quem vencer a final da Taça Rio vai enfrentar o Fluminense, dias 6 e 13 de maio, pelo título do Campeonato Carioca.
Fonte: GloboEsporte.com