Fellipe Bastos, volante do Vasco, diz atravessar o melhor momento da carreira na temporada 2012. Jogando bem e marcando gols – cinco no ano -, o jogador foi importante na vitória sobre o Flamengo por 3 a 2 na semifinal da Taça Rio. Porém, até atingir o patamar atual, o vascaíno passou por dificuldades nas categorias de base do Botafogo, clube no qual iniciou a trajetória no futebol e que reencontrará no próximo domingo, às 16h, no Engenhão, pela decisão da competição.
Bastos quase desistiu da ideia de jogar profissionalmente. Mas o sonho de viver o esporte, fez com que o jovem superasse a estrutura precária que o Alvinegro de General Severiano disponibilizava para as promessas entre 2005 e 2007, tempo que vivenciou o clube diariamente.
“Sempre tratei a possibilidade de ser jogador de futebol com carinho, era o meu sonho, mas vi muita gente desistindo. Tenho um respeito enorme pelo Botafogo, pois foi o começo de tudo. Vivi muitas histórias lá. Deixamos de treinar várias vezes pelas dificuldades na estrutura de Marechal Hermes. Quando chovia complicava tudo. Tínhamos que treinar no campo de um quartel ou se trancar na sala de musculação. Caso contrário, ninguém cumpria o planejamento do dia. Todos se esforçavam bastante nesse sentido. Mas fico feliz em saber por relatos que a história atual é outra na base do Botafogo”, afirmou ao UOL Esporte.
O volante veio de família botafoguense. Pai e irmão são torcedores fervorosos do Alvinegro. Ambos já estão ansiosos para o encontro do próximo domingo. Fellipe Bastos também não esconde a tensão com a possibilidade de conquistar o seu segundo título pelo clube de São Januário.
“É uma grande oportunidade que tenho e enfrentar o Botafogo é sempre especial. Tenho amigos no clube. O Renan, Cidinho, Lucas Zen, falamos sempre. Mas cada um vai defender o seu no domingo. O Vasco chega inteiro na decisão e sabemos das nossas condições. A vitória na semifinal foi muito importante. Tomara que tudo possa correr bem e o Vasco conquiste mais um título”, disse.
Perguntado sobre a torcida da família alvinegra no domingo, Fellipe Bastos não pestanejou e também reforçou a cobrança em casa. “Eles vão torcer por mim. Na final não tem escolha. O filho e irmão que rege a paixão de casa [risos]. Não pode trairagem, não”, finalizou.