Felipe desequilibrou clássico e foi melhor que Ronaldinho Gaúcho

Mas ele é, de fato, 10 do Vasco. O cara que dá as cartas, que organiza o time, que cadencia no momento certo e acelera quando necessário. E ainda faz gols.

Ronaldinho – o 10 do Flamengo na numeração e no esquema tático – há tempos não cumpre o papel exigido pela função. Tornou-se um coadjuvante apagado. Essa diferen ça ficou evidente no clássico de ontem. Venceu o time conduzido por um maestro atuante.

Aos 34 anos, Felipe usou a experi ência a serviço do talento. Quase todas as bolas passaram por ele no primeiro tempo. E chegavam com perfeição aos companheiros de time. Dos 27 passes, errou apenas um. Foi o cérebro da equipe na vitória. Além de jogar bem, marcou dois dos três gols com a canhota certeira. Saiu, contrariado, aos 25 minutos do segundo tempo. Com fome de garoto, queria jogar mais.

Ronaldinho, 32 anos, mais uma vez decepcionou. Em campo, parecia mais velho do que Felipe. Novamente ficou parado pelo lado esquerdo. Não chamou a responsabilidade do jogo e irritou a torcida rubro-negra. Lento, perdeu a bola oito vezes e errou quatro passes. Teve até duas boas chances de marcar, mas o bola insistiu em não entrar.

Melhor para o verdadeiro 10 do jogo: o camisa 6 do Vasco.