“São Januário é o nosso caldeirão. Isso é torcida, isso é nação. É o expresso da bola, ah, que forte cenário”. Lançada em julho de 2011, no último evento de reeleição do presidente Roberto Dinamite, a música “Paixão Vascaína”, do grupo de samba Toque de Arte, representa bem a história dos 85 anos do estádio vascaíno e os 113 anos do Vasco.
A canção do quarteto Toque de Arte, formado por Marcelo Eloi, Fernando Regis, Marcelo China e Marcio Costa, cita os grandes ídolos cruz-maltinos, enaltece o estádio e as conquistas do clube. Um dos compositores, o vocalista Marcelo Eloi, explicou o processo de elaboração da letra, criada em um mês.
- Criamos a música com a intenção de enaltecer a história do Vasco. Fiz uma melodia com dois refrões, uma falando do Vasco que São Januário é o nosso caldeirão porque a história de São Januário é muito bela e é um dos poucos estádios representativos, que faz seu mando de campo. O segundo refrão é que a torcida do Vasco é a nossa nação. E ficou definido desde o início que seria samba e pensamos em não colocar nada corrido. Pensamos em colocar um samba que pudesse ser cantado pela maioria. E tudo o que falamos na letra da música é a mais pura verdade – explicou.
Apesar do grupo fazer apresentações para o público em geral, a “Paixão Vascaína” está sempre presente no repertório dos show, inclusive, a música é elogiada por torcedores de outros times.
- É muito difícil você vincular uma música a um clube porque trabalhamos com o público. Mas a liberdade poética nos fez crer que isso passaria em branco e hoje em dia, flamenguistas, botafoguenses, todas as pessoas que curtem o Toque de Arte, gostam da música. Todos os torcedores estão gostando e isso nos alegra – comentou Marcelo Eloi.
Há 12 anos com a mesma formação, o grupo Toque de Arte é um dos percussores do samba na Lapa, no Rio de Janeiro. O quarteto conquista as pessoas com a diversificação nas músicas, com samba, chorinho, samba-enredo e regravações de pop. Para Marcelo Eloi, que também é engenheiro, a paixão pelo samba nasceu no vestiário há 25 anos, já que ele foi jogador de futebol profissional. O vascaíno teve passagens pelo Atlético-MG, no América-RJ, Vasco e chegou a treinar no Flamengo.
- Estive em transação com o Flamengo em 1993 e treinei durante seis no clube. Acabou que teve um problema com meu contrato e não me senti bem para continuar. Sempre fui vascaíno, mas fui profissional, embora sempre tenha me sentido constrangido de estar lá. Ainda bem que não fiquei no Flamengo – comemora.
A carreira no futebol faz parte do passado, mas o amor pelo Vasco sempre vai continuar. Músico com muita honra e alegria, Marcelo Eloi, pouco tem aparecido em São Januário, em virtude da agenda profissional, no entanto, não deixa de acompanhar o time comandado por Cristovão Borges. Marcelo acredita que o Gigante da Colina vai longe na Copa Libertadores.
- A história foi construída do jeito que tinha que ser. Sempre me doei muito como jogador e hoje estou me doando muito na música. Mas não sou nenhum jogador frustrado. Continuo acompanhando futebol porque gosto e porque sou vascaíno. Vamos encontrar dificuldades na Libertadores, principalmente na velocidade, mas temos um time muito competitivo. Nosso elenco é muito bom e enxergo talento em todas as posições no time. Temos o melhor zagueiro do Brasil, o melhor lateral e o técnico tem o time na mão. Pela minha visão de vascaíno e ex-atleta, o Vasco tem condições de conquistar a Libertadores – frisou.
Além da competitividade, Marcelo Eloi confia muito no profissionalismo do clube, que começa pelo seu maior ídolo, o presidente Roberto Dinamite.
- Ele é um grande ídolo e uma grande pessoa. Acredito muito no trabalho que está sendo feito, na competitividade e no profissionalismo do clube. Não temos o elenco dos sonhos, mas é o elenco dos sonhos para trabalhar – finalizou o vocalista do Toque de Arte.
Quem quiser saber mais sobre o Toque de Arte, acesse o site www.toquedearte.com.br
Em junho, o quarteto estará lançando o novo DVD, no evento empresarial “Business Fest”, no Citibank Hall, Rio de Janeiro.