Uma das determinações do Ministério Público acatadas pela Vara da infância, juventude e idoso nesta quinta-feira foi o fechamento do refeitório que servia às categorias de base do Vasco. Tal exigência foi feita por conta da falta de higiene do local e do mau armazenamento dos alimentos. O clube tinha cinco dias para resolver o problema sob pena de ter que pagar R$ 30 mil por dia de descumprimento da sentença, que passa a valer a partir de terça-feira. Por isso, a diretoria já se adiantou e nesta sexta-feira liberou o almoço para as crianças e os adolescentes no restaurante que fica em São Januário. Todos tinham o direito de comer o que entendessem e podiam beber um copo de guaraná natural.
A situação acabou gerando um "engarrafamento" no restaurante, que costuma ter grande movimentação na hora do almoço. Os jovens aproveitaram para se alimentar bem e na maioria dos pratos se via comida transbordando. A seção de carnes foi a mais disputada pelos garotos.
- Essa é a alternativa que no momento nos restou. O novo restaurante está ficando pronto. Isso é um paliativo. A gente não quer confronto com as autoridades. O novo restaurante está demorando um pouco mais do que se pensava para ficar pronto. Mas obra é assim mesmo. O retoque final é sempre mais complicado - afirmou Antônio Peralta, vice-presidente geral do clube, que está à frente de todo o processo envolvendo as categorias de base.
Além do fechamento do refeitório, o Ministério Público proibiu o Vasco de usar o centro de treinamento de Itaguaí por o considerar demasiado longe do Rio de Janeiro. O MP também proibiu o ônibus que fazia o transporte das crianças de circular. Há ainda outras exigências, como a melhoria dos alojamentos, onde há garotos dormindo em camas sem estrado e a maioria não tem armário para guardar seus pertences. O número de banheiros e a falta de água potável para beber são outros quesitos que o clube tem que resolver de imediato.
Fonte: GloboEsporte.com