O relato do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) sobre as condições das divisões de base do Vasco aponta uma situação alarmante. Mas as imagens divulgadas como supostamente sendo do panorama atual do centro de treinamento de Itaguaí não corresponderiam à realidade. De acordo com integrantes da diretoria cruz-maltina, tratam-se de fotos de mais de dois anos atrás dos alojamentos localizados acima do vestiário profissional de São Januário.
- Aquelas são fotos velhas e nem são de Itaguaí. Não tem nada a ver. Atualmente sequer utilizamos aquele CT como alojamento, apenas os campos. Isso tudo parece coisa feita para desestabilizar o Vasco às vésperas de um clássico contra o Flamengo - afirmou Antônio Peralta, vice-presidente geral do clube, que está à frente de todo o processo envolvendo as categorias de base.
O Vasco afirma que os jogadores das categorias de base estão atualmente instalados no hotel construído pelo clube ao lado de São Januário e que há alguns anos servia como concentração para o time profissional. Isso porque o CT de Itaguaí passa por reformas que começaram em janeiro e têm previsão para terminar no fim de abril. O local pertence ao empresário Pedrinho Vicençote e é arrendado pelo clube.
Neste fim de semana está previsto até mesmo o plantio de 15 a 20 palmeiras imperiais. Em relação ao alojamento, falta a instalação dos aparelhos de ar condicionado e dos sistemas de água e gás, além do sistema de internet por rádio. O Vasco garante que o CT será utilizado apenas depois que receber todos os alvarás de instituições como o Corpo de Bombeiros.
- O local vai ter piscina e serviço médico, será uma referência no Brasil. Estou tocando a obra como se fosse na minha casa. Em breve inauguraremos um refeitório em São Januário. Atualmente servimos de 800 a 900 refeições por dia - explicou Peralta.
Em relação ao transporte dos jogadores até Itaguaí, outra queixa apontada pelo MP-RJ ao indiciar o clube, o Vasco afirma que há dois meses comprou um ônibus e uma kombi. Os dois veículos vão para as ruas em breve.
- O ônibus ainda está sendo caracterizado com as cores e o escudo do Vasco. Mas o veículo tem bagageiro, ar condicionado, geladeira e banheiro. Faltam apenas alguns ajustes - disse o vice geral do clube.
Além disso, o clube se movimenta para contratar monitores que trabalharão diretamente com 40 jovens. Como a exigência é de um profissional para cada dez jogadores, dividos em três turnos de oito horas, o Vasco ainda precisa recrutar cerca de dez profissionais.
O Vasco pode recorrer da decisão do MP-RJ, que fechou o CT de Itaguaí para as atividades das categorias de base e ainda estabeleceu o prazo de cinco dias para que o clube se ajuste às suas exigências. No entanto, Aníbal Rouxinol, vice-presidente jurídico, prefere ainda não se pronunciar sobre o assunto.
- Ainda vou estudar todo o processo. Amanhã teremos uma reunião com todos os integrantes da base. Mas por enquanto não há muito o que falar - afirmou Rouxinol.
Fonte: GloboEsporte.com
