Natural de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, André só teve a oportunidade de jogar no estado fluminense uma vez: nas categorias de base do Cabofriense. Desde que saiu do clube da Região dos Lagos, o atacante passou pelo Cruzeiro, Santos, Dínamo de Kiev (Ucrânia), Bordeaux (França) e, agora, o Atlético-MG. Há oito meses morando na capital mineira, André pensa em voltar ao estado do Rio. Mas futuramente. Agora, ele garante: está adaptado ao Galo.
- Não vou dizer que não (jogaria pelo Vasco), até porque é o time do pai. É o sonho do meu pai me ver jogando no Vasco. Mas hoje meu momento é aqui no Atlético-MG, minha cabeça está totalmente focada aqui. Futuramente, quem sabe.
Após abrir seu apartamento em Belo Horizonte para o 'Tá em Casa', o atacante do Galo respondeu a perguntas enviadas pelos internautas para o site do SporTV. O jogador relembra momentos da carreira no Santos, no Cabofriense, no Cruzeiro e o tempo que passou fora do Brasil.
Confira as perguntas enviadas pelos internautas:
Sidney Ferreira: Com quem você quer fazer dupla de ataque na Olimpíadas de 2012?
André: É fácil, né? Com Neymar. Não só eu, mas todo mundo que tiver lá vai querer jogar do lado dele. Poder reencontrá-lo na Seleção e nas Olimpíadas seria maravilhoso.
Felipe Ramos: Você se arrepende de ter saído do Santos?
André: Em nenhum momento eu me arrependi. E faria tudo de novo. Eu queria ter ficado no Santos, mas acho que tudo tem um lado bom e um lado ruim. O lado ruim foi que eu não joguei, mas teve o lado bom, que foi o financeiro, me estabilizei. Não me arrependo não.
João Pedro Godoy: Porque o seu rendimento no Dínamo e Bordeaux foi tão abaixo do esperado? É porque lá você não tinha tantas boas companhias como no Santos: Neymar, Ganso, Arouca?
André: No Dínamo, eu acabei indo para lá e não jogando. Quando eu fui para o Bordeaux, eu já estava querendo voltar para o Brasil. E o pessoal do Dínamo queria me emprestar aqui para o Brasil de novo, então eu fui com a cabeça totalmente fora. Eu estava em um clube, já querendo voltar para o Brasil, mas ainda tendo que ficar seis meses. Eu me lembro no Bordeaux que fiz igual os presos, ia riscando os dias de um calendário. Isso ai que me atrapalhou muito. Acho que foi mais não ter jogado.
Maicon Annie: Como que você faz para conciliar ser jogador de futebol em Minas e sua família em Cabo Frio, no Rio de Janeiro?
André: É complicado, né? Eu estou sempre falando com o meu pai e minha mãe no telefone. Mas sempre que dá e eu tenho uma folguinha eu vou em Cabo Frio ver meu pai e minha mãe. Minha família toda, minha avó. Um diazinho tenho que fazer essa correria. E tem um voo que vai direto para lá, é fácil, em uma horinha.
Paulo Junior: O que você acha da lista do Mano para as Olimpíadas?
André: Boa, né? Eu estou nela, vou falar que foi ruim? (risos) Ainda mais no futebol brasileiro, várias posições tem quatro ou cinco que poderiam ter ido. Acho que o Mano escolheu bem, me escolheu. Vamos ver se continuamos fazendo os gols para chegar na (lista) final.
Diversos internautas: Você voltaria para o Santos?
André: Tenho um desejo de voltar, mas futuramente. De vez em quando, eu vou lá na Vila, dá uma saudade, vejo um jogo de vez em quando. Uma coisa para quando eu tiver mais velho. Eu até brinco com os meninos que vamos voltar para encerrar a carreira. Encerrar onde começou.
Bernardo Bastos: Sabendo que o Vasco precisa de um atacante de qualidade, você aceitaria vestir a camisa cruzmaltina?
André: Não vou dizer que não, até porque é o time do pai. É o sonho do meu pai me ver jogando no Vasco. Mas hoje meu momento é aqui no Atlético-MG, minha cabeça está totalmente focada aqui. Futuramente, quem sabe.
Marcelo Guimarães: Você jogou muitos anos na categoria de base do Cabofriense. Porque teve que sair do Rio de Janeiro para brilhar? Recebeu alguma proposta carioca na época?
André: Não tive nenhuma proposta naquela época, a proposta que eu tive foi do Cruzeiro. Acabei indo e fiquei um tempo lá. Depois, fui para o Santos. Não tive proposta, mas tenho vontade de jogar no Rio. Minha mãe até brinca que se eu ficasse muito perto de casa, não ia dar certo. Muito perto dos amigos. Meu pai me liga e diz: 'Não vem não. No Rio não tem nada.' (risos) Mas eu acho que futuramente, quem sabe, com a vida mais estabilizada.