Foi com ironia que o Vasco reagiu à observação do Fluminense à polêmica envolvendo os três jogadores supostamente expulsos contra o Flamengo. Depois de o diretor jurídico tricolor, Mário Bittencourt, afirmar que o clube desejava observar o ofício emitido pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) que liberava a escalação de Rodolfo, Fellipe Bastos e Eduardo Costa contra o Nova Iguaçu, o vice de futebol cruz-maltino, José Hamilton Mandarino, respondeu:
- O Vasco desconhece essa função do Fluminense de fiscal do futebol. Ou de auditor, ou de policial. Não sei qual é o termo mais adequado. Para nós, isso vale zero. O que importou na nossa decisão foi o juízo que fizemos sobre a questão. Apenas isso - disse ele, que tinha ao seu lado o vice-presidente geral do clube, Antônio Peralta.
Os dois clubes têm um histórico recente de posições opostas no tribunal. Em 2009, após ação movida pelo Fluminense, o Vasco perdeu seis pontos na Taça Guanabara acusado de ter escalado irregularmente o meio-campo Jéferson. Por conta disso, a equipe ficou fora da semifinal do primeiro turno do Carioca.
Em 2012, as duas equipes estão no mesmo grupo, e o Fluminense ocupa a terceira posição, com dez pontos. Como o Vasco está em segundo, com 11, o Tricolor depende de um tropeço do Cruz-Maltino ou do líder Bangu (que soma 12 pontos) para se classificar para a semifinal da Taça Rio.
Mandarino também garantiu que o episódio de três anos atrás também não teve influência sobre a decisão do Vasco de preservar os três jogadores contra o Nova Iguaçu, neste domingo, na partida que vale vaga na semifinal da Taça Rio.
- São situações distintas. Naquela ocasião, atuamos agindo dentro da mais profunda boa fé e fomos punidos talvez por nos atermos a um ou outro aspecto. Não é o mesmo caso. A posição do Vasco é de cautela e prudência para não alimentar mais uma controvérsia. Isso não interessa ao clube - explicou o vice de futebol.