Uma semana após a confusão no clássico contra o Flamengo, a indefinição segue em São Januário. Em meio ao dilema que envolve escalar ou não os atletas “expulsos” na última partida da Taça Rio pelo árbitro Wagner dos Santos Rosa, a diretoria do Vasco agendou nova reunião para o final do treino deste sábado com o objetivo de bater o martelo sobre a questão.
Anunciada como superada durante a semana, a polêmica sobre a alteração na súmula após sua divulgação deixou alguns cartolas temerosos. Mesmo com o aval da Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro), autorizando o clube a escalar Rodolfo, Eduardo Costa e Fellipe Bastos, que receberam cartão vermelho, alguns membros do departamento de futebol não aprovam a medida. O certo é que Fagner e Diego Souza não poderão jogar, pois receberam o terceiro cartão amarelo.
Daniel Freitas, diretor de futebol do Vasco, admitiu a preocupação com a situação. O dirigente espera que a escalação seja definida sem qualquer tipo de receio após a conversa deste sábado.
“Vamos definir isso depois do treino. A relação dos jogadores que vão para a concentração será em cima dessa conversa. Existe uma preocupação, é inegável, mas vamos nos reunir novamente com o jurídico para resolver a questão”, comentou.
Por sua vez, Aníbal Rouxinol, vice-presidente jurídico do Vasco, firmou posição e deu o parecer para que o técnico Cristóvão Borges escale os atletas envolvidos na confusão.
“Eles vão colocar os jogadores, já mandei um parecer para o futebol. Só não vão escalar se tiverem problemas técnicos. Não temos problemas nesse sentido. A federação deixou muito clara a questão. Agora, o Cristóvão Borges que vai definir. Essa alçada é dele, não quero invadi-la, e nem ser treinador. Deve ser muito chato ter essas questões para resolver (risos)”, encerrou.
Na próxima quarta-feira, dia 18, às 16h, no TJD-RJ (Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro), Rodolfo e Eduardo Costa serão julgados nos artigos 254-A parágrafo 3º item I (praticar agressão física durante a partida contra o árbitro, pena mínima de 180 dias) e 243-F parágrafo 1º (ofender o árbitro em sua honra, pena mínima de suspensão por quatro partidas). Diego Souza também foi citado no artigo 254-A parágrafo 3º item I, e no 157 item II - duas vezes (tentar cometer a infração e não consumá-la por circunstâncias alheias à sua vontade). Fagner e Fellipe Bastos estão colocados no 258-B (invadir local destinado à arbitragem ou local da partida, pena de uma a três partidas).
Roberto Dinamite e Daniel Freitas passarão pelo tribunal. Os dirigentes serão julgados por ofensas ao árbitro (artigo 243-F parágrafo 1º). Em caso de punições, o departamento jurídico ainda não definiu se usará o recurso do efeito suspensivo.
Fonte: UOL