Um anúncio inesperado, uma entrevista coletiva constrangedora, um único e breve contato com os jogadores e uma viagem sem prazo de retorno para a Europa. Em cerca de um mês, este foi o trajeto de Franck Assunção como diretor-executivo do Vasco. Cargo este que, de fato, não exerceu e que pode estar perdendo nos próximos dias.
Após seduzir os dirigentes vascaínos com um projeto em que se previa um patrocínio de mais de R$ 30 milhões anuais (algo que já vinha tentado com o Botafogo mas foi ignorado), Franck conquistou a confiança do presidente Roberto Dinamite. Após ser confirmado no cargo, porém, veio à tona controvérsias sobre seu currículo, insucessos no mercado do futebol, além do desempenho aquém do espero perante à imprensa, quando chegou a levar uma "cola" para o seu discurso.
A repercussão da notícia em outros clubes também foi uma surpresa, já que muitos dirigentes informaram que, até dias antes, "ele se apresentava como empresário de jogadores".
Estabeleceu-se internamente, então, uma condição: se ele não voltasse da Europa com resultados, sua saída seria algo iminente, apesar do próprio alegar, primeiramente, que sua ida ao continente seria para resolver questões particulares.
Assunção, de fato, não exerceu o cargo neste período. Nem mesmo a diretoria sabe muitos detalhes sobre o que ele anda fazendo por lá, não fosse o fato de que, vez por outra, jornais italianos vinculam seu nome ao de jogadores estrangeiros supostamente em negociação com o Vasco, o que já arrancou risadas de pessoas ligadas ao departamento de futebol.
Na única vez em que entrou em contato com o elenco do Gigante da Colina, Franck também não obteve muito carisma. Alguns atletas, inclusive, fizeram piadas internas, e o cartola ficou sem espaço.
Oficialmente, a diretoria ainda não se pronunciou, e alega apenas que ele ainda não assumiu o cargo efetivamente por conta das questões pessoais europeias.
Fonte: Lancenet