Com os problemas organizacionais do Basquete, o Vôlei assumiu na última década o título de segundo esporte mais importante do Brasil. Com Ligas Nacionais fortes no masculino e no feminino, o país do futebol valorizou a modalidade e a fez encantar uma grande quantidade de pessoas. A maior prova disso é a média de público das Superligas nos últimos anos. Em meio a todo esse bom momento vivido pelo esporte no país está o Vasco, que luta para recuperar sua hegemonia no esporte. Vice-campeão da temporada 2000/2001 da Superliga feminina, o Gigante da Colina aposta no trabalho de Frederico Lima, coordenador da modalidade, para voltar a ter uma equipe profissional competitiva e com jogadoras do calibre de Fernanda Venturini e Sassá, que fizeram parte do time cruzmaltino durante a citada competição. Sem muito dinheiro para investir pesado no esporte, o Vasco vem apostando em suas categorias de base. Uma das maiores promessas do clube no vôlei é a ponteira Míria Oliveira, que também faz parte da Seleção Carioca da categoria. Natural de Macaé, cidade do Rio de Janeiro, a jovem de 16 anos disputará em julho o Mundial Estudantil com o Colégio onde estuda. É justamente com essa promessa que o site ‘Torcida do Vasco’ bateu um papo. Confira uma entrevisa exclusiva com Míria Oliveira, a ‘canhotinha de ouro da Colina’: Quando começou sua trajetória no Vôlei? “Eu comecei a jogar há cinco anos em Macaé, minha cidade natal. Jogava para ocupar o meu tempo, era um passatempo”. E por qual motivo você decidiu tentar ter carreira no Vôlei? “Em 2009, fui jogar um campeonato em Nova Iguaçu contra a AABB, que na época era comandada pelo Fred (atual coordenador de vôlei do Vasco). Ele me viu jogando e logo após o jogo me convidou para jogar com ele. Na época eu não aceitei, pois eu não o conhecia e era muito nova. No meio do ano de 2009 eu fui convocada para a Seleção Carioca Infantil e passei conhecer melhor o Fred. Joguei uma competição com ele e em 2010 decidi me mudar para o Rio de Janeiro e jogar no Vasco”. E qual foi a reação dos seus pais quando souberam da sua decisão de deixar Macaé para tentar a sorte no Rio? “Meus pais sempre me apoiaram em tudo. Perguntaram se eu tinha certeza do que queria e disseram que se tudo desse errado, estariam do meu lado da mesma forma”. Fala um pouco sobre sua trajetória no Vasco. “Eu comecei a jogar no Vasco no ano passado, em 2011. No clube eu fui campeã do Open da Baixada, Vice-campeã da Taça Paraná e fiquei em terceiro lugar nos estaduais das categorias Infanto e Juvenil. Falando de conquistas individuais, fui Campeã Brasileira no Campeonato de Seleções, realizado no ano passado”. Você conquistou em fevereiro o Brasileiro Estudantil com o Centro Educacional da Lagoa, local onde você tem uma bolsa, e por conta disso irá disputar uma competição na França. O que você espera para esse Mundial? “Eu espero que façamos um bom torneio, conseguindo representar bem a nossa escola e o Brasil, já que é um torneio internacional. Se possível, espero trazer uma medalha de ouro”. Quais são as suas características? Digo, seu pontos fortes? Em quais jogadoras você se inspira. Tem alguém que é um espelho para você? “Eu não tenho uma jogadora que uso como exemplo, mas quando eu comecei a jogar eu gostava do André Nascimento, que era o oposto canhoto da Seleção Brasileira. Sou uma ponteira canhota, algo que é difícil. Geralmente as canhotas são opostas”. Quais as maiores dificuldades que você enfrentou até agora e como fez para superá-las? “Eu evolui muito como atleta e como pessoa. Hoje em dia sou considerada uma das melhores jogadoras do Rio de Janeiro e venho sendo convocada para a Seleção Carioca. Esse ano fui convocada para a Seleção juvenil”. Quais são os seus planos para o futuro? O que você espera da temporada pelo Vasco e pela Seleção Carioca? Seleção Brasileira está nos seus planos? “Eu não penso em Seleção Brasileira, mas sim em aproveitar as oportunidades que o Vôlei me proporciona em relação a escola e carreira. No Vasco espero que ser Campeã tanto na minha categoria, que é a infanto, quanto na juvenil, onde eu também jogo. Na Seleção Carioca, espero ser relacionada para a viagem e quem sabe trazer mais um titulo para o Rio”. Você falou acima que é considerada uma das jogadoras mais promissoras do Rio de Janeiro. Imagino que isso traga uma pressão maior para você.O que você faz para lidar com isso e não se abater com as críticas que irão surgir no dia que você não for bem? “Eu tento sempre escutar somente o que me fará crescer e evoluir, porque críticas sempre vão existir”. O que representa o vôlei para você? Qual a importância que ele tem para a sua vida? “Foi o esporte que me identifiquei. Gosto de estar na quadra jogando e sempre tento evoluir. Se tornou uma das minhas prioridades, já que a primeira são os estudos” Miria ao lado de Raiane Passo, Thainá Pereira e Amanda Assunção, também jogadoras do Vasco Míria em ação com a camisa do Vasco Fonte: Site Torcida do Vasco