Jorge Rabello: 'Daniel Freitas nem sei quem é'

Domingo, 08/04/2012 - 21:05

O descontrole dos jogadores do Vasco e do presidente do clube, Roberto Dinamite, após a derrota de 2 a 1 para o Flamengo, sábado, no Engenhão, não ficará impune. Pelo menos é o que diz o presidente da Comissão de Arbitragem da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Jorge Rabello. Segundo ele, que considerou a atuação do árbitro Wagner dos Santos Rosa muito boa no clássico, na súmula do jogo estarão relatadas as ofensas e os empurrões dos vascaínos ao juiz e deixa claro, sem citar nomes, que haverá expulsões. Entre os mais exaltados estavam Eduardo Costa e Rodolfo.

- A súmula eu não vi, mas não sou nenhum hipócrita, e o muro é um lugar em que não costumo ficar. O árbitro me ligou, temos um técnico, e os que empurraram e ofenderam o árbitro podem estar preparados porque estarão na súmula. Haverá grandes novidades nesta segunda-feira, porque a regra é clara, tem expulsão antes, durante e depois do jogo. É só lembrar exatamente o que fizeram que estará tudo na súmula – disse Rabello, em entrevista à “Rádio Tupi” neste domingo.

Haverá grandes novidades nesta segunda-feira, porque a regra é clara, tem expulsão antes, durante e depois do jogo. É só lembrar exatamente o que fizeram que estará tudo na súmula” Jorge Rabello

O presidente da Comissão Arbitragem também informou que o Sindicato dos Árbitros entrará nesta segunda-feira com uma ação no Tribunal de Justiça Desportiva e na Justiça comum contra Roberto Dinamite, que entre outras coisas acusou Wagner dos Santos Rosa de roubar o Vasco. Além disso, ironizou as reclamações do diretor de futebol do clube cruz-maltino, Daniel Freitas:

- Daniel Freitas nem sei quem é, se é cantor, porteiro, se é responsável pelos serviços gerais. A atuação do Wagner foi muito boa, não há qualquer tipo de questionamento. A verdade é que foi uma cena patética, sem qualquer motivo. Respeitamos quem tenha opinião contrária, mas só houve um lance polêmico, em que o Vasco reclama de uma penalidade, que nós da Comissão não consideramos que houve (de Welinton em Thiago Feltri). O atleta que caiu na área é o mesmo que caiu na entrada da área depois e foi advertido com cartão amarelo, não há contato físico. E o pênalti no Léo Moura foi muito claro. Não consegui ver ou ouvir qualquer outro lance para aquela reação do presidente e dos jogadores do Vasco.

Rabello ainda comentou sobre o fato de o jogo deste sábado ter sido a gota d’água para as reclamações do Vasco de dois pênaltis não marcados nas duas partidas contra o Flamengo, no Brasileirão do ano passado:

- Uma declaração dessas é patética. Depois desses dois jogos, houve a semifinal da Taça Guanabara, em que o Vasco venceu o Flamengo, por 2 a 1, e este jogo eles apagam. No Brasileiro, o Péricles Bassols deixou de dar um pênalti de Léo Moura em Bernardo e a Comissão de Arbitragem da CBF foi incompetente ao escalar o mesmo árbitro no segundo jogo, em que também há um pênalti não marcado. Mas, no primeiro jogo, o Bassols expulsou o zagueiro Welinton no primeiro tempo, o Vasco teve mais de 60 minutos com um jogador a mais, não teve competência para ganhar e aí é fácil colocar a responsabilidade na arbitragem. Houve os dois pênaltis, mas depois teve a semifinal da Taça Guanabara. É gota d’água quando perde, mas quando ganha não tem gota d’água?

Fonte: GloboEsporte.com