Médico do Vasco explica liberação de Dedé para pegar o Alianza

Sexta-feira, 06/04/2012 - 12:28

O Vasco vai perder por no mínimo três semanas um de seus principais jogadores. Com um edema na fíbula da perna esquerda, numa reação por estresse, Dedé está entregue ao departamento médico e desde já está em tratamento. Assim, corre o risco de perder a final da Taça Rio, caso a equipe se classifique, e deve voltar apenas nas oitavas de final da Libertadores.

De acordo com Clóvis Munhoz, chefe do departamento médico, o protocolo nesse caso é de quatro semanas de recuperação. No entanto, o médico tem a esperança de reduzir uma semana e contar com o zagueiro antes do previsto.

- A partir desta terça-feira ele passará a fazer bicicleta bicicleta ergométrica, fortalecimento muscular e natação em dois períodos. Como é um jogador forte e jovem, temos a esperança de abreviar a volta. Daqui a duas semanas ele será submetido a um novo exame de controle - explicou Clóvis Munhoz.

Ele ainda deixou claro que o fato de Dedé ter atuado contra o Alianza Lima, na última terça, mesmo ainda com dores, não causou agravamento da lesão.

- Ele foi liberado porque, depois de sofrer uma pancada no local, disputou a partida contra o Resende inteira e atuou 45 minutos na despedida do Edmundo, tudo sem qualquer reclamação. Então não havia como vetá-lo contra o Alianza. Num esporte de ponta sempre existe dor. Se ele não tivesse o mínimo de condições, não teria o rendimento que teve na terça. Não impusemos nada, ele disse que poderia atuar. Antes da viagem ao Peru o Dedé foi submetido a um exame que apontou um edema desprezível - frisou o médico.

O técnico Cristóvão Borges lamentou o desfalque de Dedé, mas garantiu confiar na capacidade de Douglas, Fabrício e Rodolfo.

- É uma grande perda. Dedé é um jogador de Seleção e que tem um espírito importante para a equipe - disse.

Fonte: GloboEsporte.com


Médico do Vasco: “Atleta de ponta tem que ganhar da falta e ganhar da dor”

Ao ser questionado nesta sexta-feira (06/4) sobre o motivo que o fez liberar o zagueiro Dedé para o jogo entre Vasco e Alianza Lima, realizado no Peru na última terça-feira (03), o médico Clóviz Munhos afirmou que se baseou no desempenho do atleta nas últimas partidas que disputou. O profissional também fez questão de lembrar que a dor se faz presente em todos os esportes de ponta:

- No futebol você está sempre com o cordão esticado. Você mostra se é bom profissional ou mau profissional no momento que você tem 34 anos de medicina esportiva, como eu tenho, e o cordão arrebenta poucas vezes. Algumas vezes arrebenta, pois não tem como você ser tão previsível assim. O que eu acho é o seguinte, em que eu me basiei para liberá-lo é o seguinte: Depois que ele tomou a pancada, ele jogou contra o Resende e não sentiu nada. Inclusive nós conversamos com ele e dissemos que o jogo não valia nada, mas ele nos falou que estava se sentindo muito bem. No jogo do Edmundo, que aconteceu uma semana antes do jogo contra o Alianza, eu fiquei atrás do gol em que o Vasco defendeu para observar e não vi o Dedé mancar nenhuma vez durante a partida. Na sexta-feira ele pediu para não ir para Macaé por conta do excesso de viagens, mas não por conta da dor. Ele até nos falou que o motivo de não querer ir era o desgaste e não a dor, pois ela era mínima. Então não tinha como vetar. Ele jogou no Peru o jogo inteiro, jogou a despedida do Edmundo e não reclamou. Em esporte de ponta você joga com dor. Vai lá no vôlei que você vai ver que o pessoal joga com dor. Atleta de ponta tem que ganhar da falta e ganhar da dor. Quem não ganha da falta e não ganha da dor, não pode jogar em esporte de ponta – disse o médico à Rádio Manchete.

Fonte: Site Torcida do Vasco