Cerca de 1.500 pessoas morreram em confrontos decorrentes da violência no futebol desde 1971, segundo a Fifa. E a entidade, que está pressionada por mais episódios recentes e ensaia uma tomada de atitude sobre o tema, diz que o número é o resultado de uma pesquisa que incluiu conflitos antes, durante e após os jogos de campeonatos de todos os níveis espalhados pelo mundo.
O número foi apresentado na última segunda junto do anúncio de algumas orientações do Comitê de Segurança e Estádios da Fifa para evitar tragédias como a mais recente do Egito. No início de fevereiro, 76 pessoas morreram em um conflito entre torcedores do Al-Masri e do Al-Ahli que refletiu a crise política que o país vive desde a deposição do ditador Hosni Mubarak, em 2011.
A tragédia em Port Said não está incluída na lista da Fifa, que compilou dados até o ano passado. As 1.500 vítimas da violência no futebol estão relacionadas a 60 partidas distintas, e os casos não envolvem tragédias esportivas como as mortes em campo do camaronês Marc-Vivien Foe e do brasileiro Serginho.
Além do número de mortos, impressiona também a quantidade de feridos envolvidos nestes confrontos: 6.200. Na lista estão incluídas grandes tragédias como as de Heysel, na final da Liga dos Campeões de 1985 (38 mortos) e Hillsborough, em um jogo da Copa da Inglaterra (96 mortos), ambos envolvendo a torcida do Liverpool.
No Brasil, os casos mais comuns de tragédias relacionadas ao futebol não têm proporções tão grandes, mas ainda assim a violência assusta. Segundo levantamento do Lance!, 155 pessoas morreram no país em brigas entre torcidas organizadas desde o fim da década de 1980.
Nos dois últimos fins de semana, por exemplo, dois palmeirenses e um torcedor do Goiás morreram em confrontos distintos contra facções de Corinthians e Vila Nova, respectivamente.
Fonte: UOL