Somente os ídolos vencem a barreira do tempo, ficam para sempre na memória dos torcedores e se confundem com a história do clube. E, por falar em ídolo e tempo, Edmundo, que está há três anos aposentado, decidiu voltar, nem que seja para vestir a camisa do Vasco por mais uma noite. Na quarta-feira, o craque vai entrar em campo no amistoso contra o Barcelona de Guaiaquil para selar oficialmente o fim de uma carreira que começou no mesmo palco: São Januário.
Estrela do Vasco na conquista do Brasileiro de 1997, a vida de Edmundo dentro dos gramados iniciou muito antes de o jogador chegar ao clube, em 1991. Morador de São Gonçalo e vascaíno apaixonado, o ex-atacante, ainda criança, brilhava no futsal no clube Fonseca e se destacava na escolinha de Miroca, em Mauá, conhecido como celeiro de craques na região.
Com 17 anos, foi para as divisões de base do Botafogo, mas não se firmou. “Minha carreira tinha de começar no Vasco. Cresci com o sonho de jogar bola e vestir a camisa do clube que torço”, lembrou Edmundo.
Em São Januário, um ano após defender os juniores, o jovem foi aproveitado nos profissionais. E o responsável por isso foi o técnico Nelsinho Rosa, que ainda se orgulha pelo feito.
“O vi atuando em poucos jogos na base e pude conhecê-lo melhor na pré-temporada. Edmundo foi bem, ganhou a minha confiança e a titularidade. Entrou no lugar do Bismarck, que estava com a Seleção, fez uma partida excelente contra o Corinthians, no Pacaembu, e dali se firmou”, explicou Nelsinho. E acrescenta: “Naquele tempo o temperamento do Edmundo já era explosivo, mas é um cara que merece tudo o que conquistou. Dizia pra ele que viriam momentos bons e ruins e que precisaria ter equilíbrio para enfrentar tudo”, completou.
Além do Vasco, onde se aposentou e teve cinco passagens, Edmundo ficou marcado também com a camisa do Palmeiras, defendeu a seleção brasileira em 39 oportunidades, Fiorentina e se aventurou em alguns clubes no País. ‘Animal’, diferenciado, ficou marcado também por várias polêmicas. No entanto, é ídolo e nem o tempo será capaz de apagá-lo da memória dos vascaínos.
Fonte: Marca Brasil