A próxima quarta-feira (28) será histórica para a torcida do Vasco e em especial para o ex-jogador Edmundo, que fará sua partida de despedida do futebol com a camisa vascaína, às 19h30 (de Brasília), em São Januário. A festa será diante do Barcelona de Guaiaquil (EQU), reeditando a final da Taça Libertadores de 1998. Na oportunidade, o time carioca se sagrou campeão do torneio continental ao vencer o jogo no Rio de Janeiro por 2 a 0 e na cidade equatoriana por 2 a 1.
O Ídolo cruz-maltino, na tarde desta segunda-feira, concedeu uma entrevista exclusiva ao Show do Apolinho, apresentado por Washington Rodrigues, na Super Rádio Tupi. O `Animal´, apelido dado pela torcida devido à forma intensa na qual se dedicava durante os 90 minutos de jogo, agradeceu a direção do Vasco da Gama.
“Agradeço do fundo do meu coração ao Roberto Dinamite, que hoje é quem está à frente do Vasco. Também principalmente a torcida que depois de três anos e quatro meses após a minha aposentadoria, ainda está correndo atrás de ingressos. É uma demonstração de respeito, fico lisonjeado. Nunca é tarde para receber este tipo de carinho”.
O encerramento da carreira de um atleta é sempre muito difícil para o mesmo, pois não é fácil deixar de fazer algo que durante anos fazia parte de sua rotina. Edmundo se diz feliz com a nova etapa da sua vida.
“Estou exercendo uma outra função, muito feliz e contente de ter me encontrado. A parte mais difícil para o jogador é o fim da carreira, pois você ainda é muito jovem para a vida. Eu tive a felicidade de me adaptar a outra profissão. Muitos jogadores que conheci tiveram problemas, como depressão, por não conseguirem se acostumar. Com isso, acabam indo para outros caminhos”.
RETROSPECTIVA
Edmundo comentou como decidiu fazer do futebol a sua profissão, relembrando os momentos difíceis.
“A minha vida é igual à de milhões de brasileiros. Sou de família pobre, meu pai era padeiro e minha mãe empregada doméstica. Comecei jogando bola no bairro e sempre tem pessoas mais velhas que ficam de olho. Meu professor de educação física me levou para fazer um teste no Vasco aos 8 anos e desde então, eu já sabia que queria jogar futebol. Joguei em um monte de clube até jogar no juvenil do Botafogo, no futebol de campo. O professor Isaías Tinoco sempre quis me levar de volta ao Vasco e em 1989 eu voltei e final de 91, o Lopes me viu jogando contra o Olaria e me puxou para o elenco profissional. No dia 26 de janeiro de 1992, frente ao Corinthians, fiz a minha estreia. Ao longo da carreira tive momentos bons e ruins, como a vida de todo ser humano. Mas contei com o apoio de Deus, junto com a minha família e meus amigos. Sou muito agradecido ao futebol por tudo que ele me deu”, concluiu.
Fonte: Superesportes
