Liderados por Atlético-MG, Grêmio e Santos, alguns dos principais clubes brasileiros querem diminuir o poder das federações estaduais e da própria CBF e discutir um novo modelo para o futebol nacional.
A ideia é realizar um encontro com dirigentes dos times que disputam as Séries A e B do Brasileiro, em data ainda a ser definida, a fim de discutir uma reformulação do calendário e possível enxugamento dos Estaduais, além da criação de uma Liga Nacional de Clubes.
Para Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, não tem sentido as federações votarem de um jeito e os times, que elas deveriam representar, de outro. Ele sugere maior participação dos próprios clubes na administração da CBF, discurso encampado por Luís Álvaro, presidente do Santos, e Paulo Odone, do Grêmio.
Corinthians e Flamengo, no entanto, são contra e não devem participar do movimento.
A criação da liga não é uma sugestão nova, mas, se efetivada, Kalil e Odone querem que tenham poderes maiores do que o Clube dos 13, que rachou e caminha para o fechamento, já tendo até saído de sua sede em Porto Alegre.
Fábio Koff, presidente da entidade, não deve participar do projeto de estabelecer uma nova liga, que poderia ser responsável pela organização do Brasileiro, embora não pretenda se afastar do futebol. Tem sido pressionado por colaboradores a concorrer à presidência do Grêmio, cargo que já ocupou.
Márcio Braga, um dos idealizadores do Clube dos 13, criado em 1987, também deve ficar de fora. O flamenguista virou aliado de Ricardo Teixeira e vinha defendendo com unhas e dentes a administração da CBF, muito criticada por Kalil.
Com Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol e mentor de José Maria Marin, novo presidente da CBF, defendendo que as coisas continuem como estão, a briga promete. Até porque, nomeado semana passada para o Comitê Executivo da Fifa, Del Nero está mais forte do que nunca e quer seguir dando as ordens não só em São Paulo mas também nos demais estados do Brasil.
Fonte: Blog Bastidores Copa e Olimpíada - Lancenet