A bandeira do clube a meio-mastro foi o primeiro símbolo de que São Januário estava de luto. Mas as homenagens do Vasco a Chico Anysio, que morreu na última sexta-feira, foram todas lembrando o legado positivo deixado por aquele que é considerado um dos maiores humoristas do Brasil. Na partida contra o Resende, neste domingo, o clube relembrou seu torcedor ilustre com mensagens, símbolos e personagens.
Os jogadores do Vasco entraram em campo vestindo camisas brancas com uma caricatura do humorista e o texto "Chico Gênio Vascaíno Anysio". Eles também carregaram uma faixa com a mensagem: “Obrigado por tudo, Chico. Um vascaíno para sempre.” Em seus uniformes, os atletas exibiram às costas os nomes de alguns dos 209 personagens criados por Chico Anysio.
A escalação do Vasco foi a seguinte: Fernando Prass (Roberval Taylor), Fagner (Jovem), Dedé (Azambuja), Renato Silva (Fumaça) e Thiago Feltri (Bozó); Romulo (Divino), Juninho (Professor Raimundo), Allan (Justo Veríssimo) e Diego Souza (Alberto Roberto); Wiliam Barbio (Gastão) e Alecsandro (Nazareno). No banco estiveram Alessandro (Coalhada), Douglas (Zé da Silva), Dieyson (Tavares), Nilton (Tim Tones), Felipe (Pantaleão), Abelairas (Popó) e Eder Luis (Bento Carneiro).
Antes do início da partida, os jogadores ressaltaram a importância de Chico Anysio e da homenagem a um especial torcedor vascaíno. E no clima de humor, o atacante Alecsandro fez uma brincadeira ao falar sobre Nazareno, o personagem que levou às costas.
- Minha esposa não deve ter gostado, porque a mulher do Nazareno era muito feia, e a minha é linda e maravilhosa - disse, sorrindo.
Dedé enalteceu o humorista, cujo corpo foi cremado neste domingo.
- É muito importante homenagear o Chico Anysio, por tudo o que ele representou. Todo mundo gosta muito dele, e representou o Brasil com seu humor. É vascaíno, representa nossa equipe, é importante fazer esta homenagem
Pouco antes de a bola rolar, o placar eletrônico ainda exibiu uma imagem de Chico Anysio e de alguns de seus personagens. E, como tratou-se da perda de um artista, São Januário não fez um minuto de silêncio mas, sim, um minuto de aplausos.