Dedé diz que não sai tão cedo do Vasco e quer mais títulos em 2012

Domingo, 25/03/2012 - 10:10

O jogo contra o Resende, pelo Carioca, nesta tarde, pode não empolgar os cruz-maltinos. Afinal, é às vésperas da despedida de Edmundo e de uma importante partida pela Libertadores. Mas, para Dedé, vale muita coisa. Cheio de prêmios individuais de dois anos para cá, ele considera que, para ficar marcado de vez no clube, como Juninho e Felipe, por exemplo, precisa de títulos. E, quanto mais, melhor.

O zagueiro recebeu com exclusividade a equipe de reportagem do LANCENET! em sua residência, na Barra da Tijuca. Logo de cara, perguntado se enfrentaria o Resende, mostrou qual seria o teor de grande parte da entrevista.

– Vou jogar. Gosto de estar sempre jogando. Pelo Vasco, até agora ganhei a Copa do Brasil. Foi maravilhoso, mas ainda é pouco. Tive prêmios individuais. Na hora, fico feliz, mas para marcar mesmo, é preciso de mais títulos em conjunto. E vou buscar – disse Dedé

Se 2010 foi o ano para sair da sombra, 2011 foi o da afirmação. Agora, Seleção Brasileira virou uma realidade, assim como a idolatria da torcida. A responsabilidade aumentou. Por isso, a importância de erguer troféus:

– Realizei o sonho de ir para a Seleção. Eu me sinto pronto para isso. Meus últimos anos foram muito bons, mas confio que ainda dá para melhorar. Tenho muito a provar.

A Libertadores é a menina dos olhos. O Mito tem a dimensão exata do que isso representaria para o Vasco e para a sua carreira. Mas, no Estadual, quer apagar a má impressão deixada na final do primeiro turno, contra o Fluminense:

– A Libertadores é mais importante, mas não vou deixar de lado o Carioca. A derrota na Guanabara machucou, pois estávamos bem. Vamos buscar isso lá na frente.


Dedé reafirma que fica: ‘É cedo para sair daqui’

O assédio é grande. Alguns clubes europeus já demonstraram interesse em contar com Dedé na próxima temporada. Mas o zagueiro reafirma que pretende ficar por mais algum tempo em São Januário, algo que, segundo ele, está bem encaminhado.

– O presidente e toda a diretoria têm pensamento positivo nesse projeto. Acredito que vai acontecer. Fico feliz por isso. Meu objetivo é esse. Todos querem. Vai ser um passo melhor para a minha carreira, para a minha crescente. Está bem encaminhado isso – disse.

O sonho de um dia jogar no futebol europeu, muito pelo lado financeiro, existe. Mas o próprio jogador acredita que ainda não está pronto para sair do Brasil.

– Não estou preparado. Quando estiver, vou falar. No momento tenho de aproveitar o que está acontecendo comigo aqui. É cedo para sair. O futebol brasileiro está me fazendo crescer, me sinto preparado para representar bem Seleção sem ter que sair do Brasil – ressaltou o Mito, para depois completar.

– Quero ajudar minha família, ter uma boa renda. Mas não preciso ser bilionário. Se um dia chegar algo que todos queiram, tudo bem. Mas dá para ficar mais um tempo.

Bate-bola com o Mito

Você fala em títulos. Mas, individualmente, já coleciona muitos...

Prefiro um título em conjunto do que individual. É muito bom ser reconhecido, mas quero ganhar títulos pelo Vasco. Temos um grupo forte, que tem tudo para dar alegrias ao torcedor neste ano.

Mas a Libertadores é o foco?

Claro que todos sabem da importância de um título da Libertadores. É a nossa prioridade. Mas não podemos abandonar o restante.

Por falar em Libertadores, o último jogo foi tenso. Você entrou em campo mordido por conta dos atos racistas lá no Paraguai?

O que a nossa torcida fez foi correto. Claro que fiquei irritado, mas não podemos levar isso para o campo. Tentei deixar isso fora de campo e conseguimos vencer jogando bola. Isso não me abala. Tenho muito orgulho.

O grupo do Vasco é forte, mas teve uma importante perda. Vocês ficaram chateados com o que Bernardo fez?

Nem conversamos. Acho que o grupo não se abalou, pois foi algo entre ele e o clube. Mas todo mundo sabe, e ele principalmente, que se não botar a cabeça no lugar... Se não deu certo no Vasco, não vai dar lá. Ele tem que pensar como atleta. Aqui pensou como qualquer um e foi muito indisciplinado. Precisa de alguém para acompanhá-lo.

E quanto ao Rodolfo? O que acontece com ele?

Futebol é confiança. Pode ser o melhor do mundo, que, sem confiança, não vai conseguir. Ele perdeu isso. Nem ele sabe o que está acontecendo. Mas já conversamos e falei que estamos juntos nessa.

Tem algo a dizer para a torcida, que tanto o idolatra?

Tenho sempre que agradecer e retribuir. Ainda acho muito me chamarem de Mito. Isso não existe. É muito. Em geral, me dão muita moral, mais até do que mereço.

TV L! entrevista Dedé: 'A Seleção é um sonho'



Fonte: Lance