Após cinco anos, Josiel pode voltar ao posto de artilheiro de uma competição. A última vez que levou o prêmio foi no Brasileirão de 2007, quando balançou as redes 20 vezes pelo Paraná. Agora, pelo Campeonato Carioca, o recém-contratado atacante do Macaé, de 31 anos, já marcou sete gols nos últimos quatro jogos e está apenas dois atrás de um antigo parceiro: Alecsandro, do Vasco.
Os dois jogaram juntos por um tempo no Al Wahda, dos Emirados Árabes, em 2008. Quatro temporadas depois, eles se reencontram como adversários, disputando o título e a artilharia do mesmo torneio. E antes do duelo contra o ex-companheiro na próxima rodada do estadual - no dia 31 de março, no Cláudio Moacyr -, Josiel se compara ao amigo, mas avisa: vale gol feio.
- Tive o prazer de jogar com o Alecsandro. Ele me zoava falando que eu fazia muito gol feio, de carrinho, joelho (risos)… Agora ele tem feito gols assim também, explorando o posicionamento. A gente tem características parecidas, de se posicionar bem, mas ele tem mobilidade para jogar mais fora da área também. Eu até saio e tudo, mas meu forte é lá dentro. Seja (gol) feio, bonito, o importante é estar no lugar certo para fazer - afirmou.
Contratado há 59 dias, Josiel estreou pelo Macaé na vitória por 1 a 0 sobre o Olaria, na sexta rodada da Taça Guanabara – primeira fase do Carioca. Mas ele só virou titular na estreia da Taça Rio, quando a equipe bateu o Duque de Caxias por 2 a 1, e o atacante fez seu primeiro gol no clube. De lá para cá, o jogador não parou mais de fazer gols, e o Macaé, de ganhar. Com 12 pontos em quatro partidas, o time é o líder do Grupo A e pode chegar pela primeira vez a uma semifinal de turno do estadual.
Com sete gols em quatro jogos, Josiel tem a melhor média da competição, de 1,16 por partida, superando Alecsandro, com 0,90, e Somália, do Boavista, com 0,81, únicos à sua frente na artilharia. O atacante admite a possibilidade de ter uma média maior caso jogasse o primeiro turno inteiro, mas garante não estar preocupado em ser o goleador do torneio e se mantém focado na classificação.
- Não há uma ciência, mas, pela média, a tendência seria melhorar com mais jogos, teria maiores possibilidades de aumentar (os gols). Só que não dá para dizer que aconteceria isso. Me sinto feliz em ajudar. A equipe no primeiro turno ganhava uma, perdia outra e quase não fazia gols. Agora começou a engrenar e, como se diz, “deu liga”. Meu objetivo é chegar à semifinal, o que seria inédito, a melhor campanha do clube no Carioca até o momento. O desejo de ser artilheiro fica por fora - garantiu o goleador, que atribui a vários motivos o fato de não ter conseguido tanto destaque nos últimos anos.
- São momentos, fases, times diferentes.
Desde que deixou o Paysandu, em outubro do ano passado, por causa de algumas declarações sobre a vida em Belém-PA e as mulheres da cidade, através de uma rede social, Josiel se mantém precavido ao falar desses assuntos. Sobre a estadia em Macaé, ele garante levar a vida pessoal “como em qualquer outro lugar”, e evita falar de outras mulheres.
- Minha esposa vai me matar (risos) - brincou.
Fonte: GloboEsporte.com