Santista quer apoio de cariocas para aumentar autonomia dos clubes

Sexta-feira, 23/03/2012 - 14:27

O presidente do Santos, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, está cansado da passividade dos clubes nas tomadas de decisões do rumo do futebol brasileiro. Sendo assim, o cartola iniciou um movimento para mudar essa realidade. Luís Álvaro revelou que já tem conversado sobre tal situação com outros mandatários.

“Tenho tido a oportunidade de conversar com alguns presidentes, e os clubes não podem continuar sendo agentes passivos do futebol brasileiro. Nós é que vamos atrás dos meninos, os formamos, damos assistência social, psicológica, física, técnica, colocamos para jogar, pagamos os salários, pagamos as despesas de um clube de futebol e não é possível que a gente continue sendo apenas coadjuvante neste processo”, disse o presidente santista, em entrevista à Rádio Estadão ESPN.

“Acho que os clubes precisam discutir o calendário entre si. Acho que os clubes têm o direito de terem janelas pra jogarem no exterior”, continuou o mandatário santista, expondo suas ideias com convicção.

“Já existem conversas iniciadas. Eu provavelmente encontrarei o presidente Marco Polo na Suíça porque fui convocado também para a reunião do comitê do Mundial de Interclubes, que vai ser na mesma semana que o Marco Polo vai tomar posse. Vou começar a conversar com ele, como já tenho conversado com o Juvenal (Juvêncio), já falei com o Mário (Gobbi) e Luís Paulo Rosenberg, já falei com o (Arnaldo) Tirone. A ideia está andando”, disse, confiante.

Luís Álvaro também afirmou que pretende expandir as conversas em breve. “O segundo passo é a gente conversar com os times do Rio, os times do Sul, os times de Minas”.

Outro ponto citado pelo presidente santista foi a respeito da criação de uma liga nacional. Luís Álvaro acredita que a ideia pode tomar forma no futuro.

“O tema é para ser debatido. Temos que alinhar os pontos comuns dos clubes. Quanto à forma, ainda não sei qual é. Acho que os clubes não têm que ter uma atitude belicosa em relação à entidade (CBF), mas tem que promover uma conversa séria. Isso nunca aconteceu e o momento para acontecer é agora”, cravou.

Fonte: ESPN.com.br