Nos anos 80, Roberto Dinamite e Romário foram companheiros no time do Vasco bicampeão carioca de 87/88. A presenta do eterno ídolo do clube ao lado do novato atacante foi importante no início de carreira do Baixinho. Porém, quase 30 anos depois, a relação extra-campo não é das melhores. Dinamite, hoje presidente do clube, não reconhece uma antiga dívida do clube com o ex-jogador e o caso está indo parar na Justiça.
Oficialmente, o Vasco não se pronuncia sobre a ação movida pelo hoje deputado federal do PSB-RJ cobrando R$ 50 milhões – valor que começou com R$ 22 milhões há oito anos. O vice-presidente jurídico do clube, Aníbal Rouxinol, prefere não se pronunciar. O dirigente alega que o Vasco, por não ter sido notificado oficialmente, não deve se manifestar. Segundo ele, para o clube, não existe processo.
A questão, porém, é de ordem política. Romário tem uma confissão de dívida assinada pelo ex-presidente Eurico Miranda, inimigo mortal de Dinamite. Em retaliação ao antigo desafeto e por também não gozar de boa relação com o Baixinho, Dinamite, tão logo assumiu o clube em meados de 2008, comunicou ao ex-atacante que as contas seriam revistas.
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A atual gestão pediu que o Baixinho enviasse os contratos que justificassem o valor da dívida. A posição da diretoria é a seguinte: caso Romário comprove o valor exigido, o Vasco paga. No entanto, como boa quantia deste valor é referente a empréstimo pessoal a Eurico, num período em que o clube atravessava grave crise financeira, o ex-jogador não terá como comprová-la.
Mesmo sem se pronunciar de forma oficial, o Vasco não esconde que deve ao jogador. Mas quer que ele prove o que sendo cobrado. O acordo com Eurico Miranda se deu entre 2003 e 2004. Na época, ficou acertado que o Vasco pagaria ao Baixinho os R$ 22 milhões em parcelas mensais durante 20 anos.
Fonte: IG