Muitos torcedores vascaínos que chegam a São Januário para o confronto desta noite, contra o Libertad (PAR), vestem a camisa contra o racismo, que foi o terceiro uniforme na última temporada, como uma forma de protesto contra o preconceito sofrido por alguns jogadores cruz-maltinos por parte da torcida paraguaia no primeiro jogo entre as duas equipes na Copa Santander Libertadores, em Assunção.
Cesar Coelho, de 45 anos, aproveitou o episódio para dar um bom exemplo ao filho, Pedro, de apenas 10 anos, que também foi ao duelo com a 'camisa negra'.
- Falei para ele que isso não se faz (descriminação racial). Ele até me perguntou se quem fez isso seria preso. Eles foram resolver isso logo contra quem? Clube que sempre lutou contra isso. Eles não conhecem a nossa história - disse.
Membros de uma torcida organizada do Vasco prometem ir à partida com uma camisa que contém a seguinte mensagem às costas: "Racismo é crime".
- Todo mundo da torcida vai vir com essa camisa. Todos ficaram muito chateados com o episódio. Esse é o tipo da coisa que é lamentável não só no Brasil como em qualquer parte do mundo - ressaltou Rodrigo Aguiar, de 21 anos.
Na loja oficial do clube, a procura pelo terceiro uniforme do ano passado já era grande e aumentou ainda mais durante esta semana.
Ao desembarcar no Brasil, após a partida da última quarta-feira, no Paraguai, jogadores brasileiros como os zagueiros Dedé e Renato Silva, além do atacante Alecsandro, relataram atos racistas de parte da torcida do Libertad.