Quando pisar no gramado de São Januário, nesta quarta-feira, às 22h, para enfrentar o Libertad-PAR, pela Copa Libertadores, o Vasco terá pela frente uma partida com todos os ingredientes típicos de uma decisão: necessidade iminente da vitória, clima tenso, catimba e pressão da torcida. Situações que mostram bem a atmosfera da principal competição do continente, agravada pelos episódios ocorridos na última semana.
No primeiro confronto entre os times, Dedé e Renato Silva sofreram insultos racistas: foram chamados de 'macacos' após a partida disputada em Assunção. Além disso, o clima ficou pesado no segundo tempo assim que Diego Souza foi expulso. Troca de empurrões e muita discussão. Passagens que foram tema principal do discurso vascaíno durante os últimos dias. E que precisam ser derrotadas junto com a equipe adversária.
“O jogo teve aquela característica de pressão mesmo. Conversei com alguns jogadores e passei que o nosso envolvimento precisa ser apenas na partida. Tudo o que está em volta é segundo plano. A concentração é no adversário e no que eles podem fazer. Temos que nos preparar para não sermos surpreendidos. Eles estão com uma vontade muito grande por tudo o que representa enfrentar o Vasco e os acontecimentos do jogo de lá. Isso tudo temos que transformar em eficiência. Com isso, temos grandes chances de sucesso”, afirmou o técnico Cristóvão Borges.
Líder do grupo 5 com sete pontos, o Libertad está em situação confortável e uma vitória praticamente coloca os paraguaios na próxima fase. Em contrapartida, o futuro do Vasco em caso de tropeço estará em risco. O time carioca soma quatro pontos. No entanto, encerra a campanha na primeira fase em dois jogos fora de casa contra Alianza Lima-PER e Nacional-URU. Fator que aumenta consideravelmente a responsabilidade para deixar São Januário com os três pontos no bolso.
“A Copa Sul-Americana nos deu uma experiência boa. Cada jogo é um momento, mas procuramos trabalhar bastante em cima do que imaginamos que pode acontecer. No Paraguai, o Libertad só veio para cima quando o Diego Souza foi expulso. Acreditamos que eles jogarão fechados mais uma vez. Sabemos da importância da vitória, não será um jogo fácil, mas o Vasco vai buscar o resultado desde o primeiro minuto”, encerrou o treinador.
Como de costume, Cristóvão Borges não definiu o time. Porém, existe a tendência de que Juninho Pernambucano fique no banco de reservas. Felipe e Allan podem ser os armadores do time. Outra opção é a entrada de Eder Luis formando um trio de atacantes com Willian Barbio e Alecsandro.
Fonte: UOL