A delegação do Libertad-PAR chegou na tarde desta terça-feira ao Brasil, na véspera de seu confronto com o Vasco, em São Januário, pela quarta rodada do Grupo 5 da Taça Libertadores. Poderia ser mais um encontro comum, mas os acontecimentos do jogo em Assunção acentuaram a rivalidade entre os times depois que os jogadores brasileiros acusaram torcedores paraguaios de racismo.
Uma das principais críticas ao Libertad foi o fato de o clube em momento algum ter se manifestado oficialmente sobre o caso. Nesta terça-feira, assim que desembarcou no Rio de Janeiro, o vice-presidente Carlos Guggiari se defendeu e garantiu não ter sido informado pelo Vasco dos problemas ocorridos no Estádio Nicolás Leoz.
- Só ficamos sabendo o que aconteceu no estádio quando a imprensa brasileira publicou as informações. Até então, não havia qualquer manifestação do Vasco. É impossível controlar o que as pessoas dizem. Procuramos atender tudo que foi solicitado - comentou Guggiari.
O dirigente ainda justificou o fato de o Libertad não permitir que o Vasco treinasse de chuteiras no gramado onde seria realizado o jogo. Segundo ele, havia acontecido um problema com o sistema de irrigação, fazendo poças. Para preservar o palco, o clube pediu ao adversário que usasse tênis.
- Eles acabaram não treinando. Mas fizemos o possível. O Vasco levou dois uniformes para o jogo e nós tivemos que mudar o nosso para o árbitro iniciar a partida, quando não precisaríamos fazer isso - comentou Guggiari, lembrando que a imagem apresentada por Diego Souza, com um machucado na panturrilha, foi em um lance de jogo e não por um objeto atirado da arquibancada.
Em campo, o técnico Burruchaga não teme qualquer hostilidade por parte dos jogadores do Vasco. A expectativa do comandante é de um confronto complicado entre os dois primeiros colocados do grupo. O Libertad tem sete pontos e o clube brasileiro soma quatro.
- Será um jogo com clima de Copa, como deve ser. Viemos aqui para jogar futebol. O que aconteceu em Assunção foi uma partida dura, com expulsões e que acabou ali. Cinco ou seis pessoas se manifestaram de uma forma que não deveriam. Não dá para controlar todo mundo - comentou Burruchaga.
Fonte: GloboEsporte.com