Romário diz que experiência no Vasco o fez ver que ele não seria treinador

Terça-feira, 20/03/2012 - 01:35

Mesmo depois que Mano Menezes assumiu a seleção brasileira após a Copa do Mundo de 2010, o Brasil ainda não jogou o futebol que os torcedores estão acostumados a ver e, com a proximidade do Mundial de 2014 em território nacional, a situação do time verde-amarelo fica ainda mais crítica. Tanto que, até o ex-jogador e atualmente deputado federal Romário, admirador do trabalho de Mano, já fala na possibilidade de mudança no comando da seleção antes que seja tarde.

Em entrevista à revista Veja desta semana, Romário comentou, entre outros assuntos, sobre a situação atual da seleção brasileira, que não vem apresentando um bom futebol já há algum tempo. “Sempre gostei do trabalho do Mano Menezes, mas se o time ficar nesse nível aí, jogando essa bolinha, talvez seja a hora de pensar em mudar de treinador”, sugeriu o ex-atleta, que reforçou as críticas ao time brasileiro: “Está difícil ficar na frente da televisão vendo jogo do Brasil”.

Romário não se alongou na entrevista sobre outros possíveis nomes que poderiam substituir Mano, mas chegou a admitir que a tarefa do treinador não é nem um pouco fácil no comando da seleção. “São muitos jogadores para administrar. Eu treinei o Vasco por dois jogos e saí com a certeza de que não levo jeito para a coisa. Sinceramente, se aparecesse um Romário na minha frente, não conseguiria aturar o cara”, brincou o deputado.

O ex-jogador assume que, na época em que atuava nos gramados, chegou a dar muito trabalho aos técnicos que o comandaram. Mulheres na concentração era uma exigência certa de Romário, que também queria ter outros privilégios por ser “o melhor” do time. Hoje, mais maduro, o ex-atleta admite que mudou e usou seu exemplo para comparar com os de Neymar e Adriano.

“Com 18 anos, virei milionário e fiquei completamente deslumbrado. Por isso eu entendo o comportamento do Neymar, ele sou eu uns vinte anos atrás. É um tipo diferente do Adriano, por exemplo”, contou Romário, que, em seguida, explicou: “O Adriano gosta de voltar para as raízes, prefere viver na comunidade a morar no Leblon. Aliás, comunidade não, é favela mesmo. E ali, claro, tem mais risco de se envolver com problemas”.

Fonte: ESPN.com.br