De uma semana para outra, escalações bem diferentes. É com novidades importantes em campo que Botafogo e Vasco se apresentam a seus torcedores, às 18h30m (de Brasília) deste domingo, no Engenhão, em busca de ser o melhor dos grandes na Taça Rio. Seja por volta de lesões, opções táticas ou até para poupar jogadores, Oswaldo de Oliveira e Cristóvão Borges dão cara nova a seus times em um clássico que pode começar a servir como um tira-teima do confronto no século, rigorosamente igual: sete vitórias para cada lado - foram dez empates. Ultimamente, ambos se alternam na supremacia, com goleadas constantes e partidas imprevisíveis.
No mandante, Marcelo Mattos, Andrezinho e Loco Abreu reaparecem, compondo formação parecida com a da Taça Guanabara, considerada a ideal. Além deles, Fellype Gabriel volta a ocupar o banco, e Elkeson, que já jogou na quarta, contra o Treze-PB, também é outro nome em relação àqueles que empataram com o Bangu, em Moça Bonita. Os cruz-maltinos contam com Allan, Rômulo e Eder Luis, desfalques até aqui em 2012, que adquirem ritmo para ajudarem no restante da temporada. Os dois últimos, principalmente, eram titulares absolutos.
Com um grupo mais fraco - os adversários pontuaram menos até agora -, na prática, o Vasco quer chegar a sete pontos para se distanciar na liderança. A equipe vem de um empate na Libertadores, com o Libertad-PAR e segue priorizando a competição. Por isso, outros quatro jogadores estão fora para descansar e se preparar para o duelo com os paraguaios, em São Januário. Já o Bota viu o Macaé se distanciar, com 12 pontos. Com sete, corre atrás da zebra e precisa evitar que Resende e Flamengo o ultrapassem. O clima no clube não é dos melhores após o empate cheio de erros com o Treze, e um triunfo seria um desafogo.
João Batista de Arruda apita o clássico, auxiliado por Wagner de Almeida Santos e Jackson Lourenço Massarra dos Santos. O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real, meia hora antes de seu início. O Premiere transmite o jogo ao vivo.
AS ESCALAÇÕES
Botafogo: com o retorno de Marcelo Mattos, Andrezinho, Fellype Gabriel e Loco Abreu, o técnico Oswaldo de Oliveira se aproximará da escalação que considera ideal, com a qual teve boas atuações na parte final da Taça Guanabara. Herrera deve ser mantido e será o ponta pela direita que abastece Abreu, em trabalho de recondicionamento físico. Elkeson estará na esquerda. O time formará, portanto, com Jefferson, Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira; Márcio Azevedo; Marcelo Mattos, Renato, Andrezinho, Elkeson e Herrera (Fellype Gabriel); Loco Abreu.
Vasco: o técnico Cristóvão Borges tem alguns problemas na montagem do time. Não há casos de lesão, no entanto, a viagem para o Paraguai e a partida contra o Libertad foram desgastantes. Além disso, na próxima quarta-feira, acontece o outro jogo diante dos paraguaios. Por isso o treinador vai poupar alguns jogadores. Juninho Pernambucano volta ao time. O Vasco deve entrar em campo com: Fernando Prass, Max, Renato Silva, Rodolfo e Dieyson; Romulo, Fellipe Bastos, Allan e Juninho Pernambucano; Eder Luis e Diego Souza.
QUEM ESTÁ FORA
Botafogo: o meia Maicosuel se lesionou novamente e só retorna em abril. Além dele, o meia-atacante Vitinho fraturou o pé em fevereiro e também está de molho.
Vasco: não há nenhum jogador suspenso. O atacante Tenório segue fora de combate pelos próximos seis meses. Os titulares poupados - Fagner, Thiago Feltri, Nilton e Alecsandro, voltam na quarta, pela Libertadores.
FIQUE DE OLHO
Botafogo: autor de quatro gols sobre o Vasco, desde 2010, Loco Abreu volta ao time em baixa, mas tem a chance de se redimir e acabar com o falatório em torno de sua barração. Aos 35 anos, o camisa 13 passa por fase técnica e física abaixo do normal, segundo a comissão técnica, e vai jogar apenas semanalmente por um certo período.
Vasco: após ser poupado diante do Libertad para evitar um desgaste maior, Juninho Pernambucano passou a semana inteira se preparando para o clássico. Com muitos jogadores poupados, cabe a ele liderar o time diante do rival Botafogo. Sua última atuação, na vitória sobre o Madureira, foi muito elogiada e o Reizinho disse que isso só aconteceu em função do planejamento montado pela comissão técnica.
O QUE ELES DISSERAM
Fellype Gabriel, meia do Botafogo: "O Botafogo sempre entra com responsabilidade, independentemente de ser um clássico. Neste domingo não vai ser diferente, temos pela frente uma equipe entrosada, que vem num momento bom e vamos batalhar para que o nosso também vire positivo de novo. Mesmo com um time misto, o Vasco mostrou que pode vencer, está entrosado. Precisamos muito dessa vitória e, para isso, vamos entrar forte"
Rômulo, volante do Vasco: "O Botafogo tem um time experiente e entrosado. O meio de campo deles distribui bem o jogo e tem a bola aérea com o Loco Abreu que é sempre um perigo. Além de tudo isso é um clássico, um jogo que tem uma atmosfera sempre diferente"
NÚMEROS E CURIOSIDADES
* Botafogo e Vasco se enfrentaram apenas sete vezes no Engenhão, com três vitórias do Vasco, três empates e uma vitória alvinegra.
* Uma partida entre Botafogo e Vasco não termina empatada em 0 a 0 há seis anos (ou 16 jogos). O último empate sem gols aconteceu no dia 24 de setembro de 2006, em partida disputada no Maracanã e válida pelo Brasileiro.
* Apesar de o Vasco ter ampla vantagem no retrospecto geral do confronto, de 2000 para cá, há equilíbrio. Computando todas as competições, as duas equipes se enfrentaram 36 vezes, com dez vitórias botafoguenses, contra dez vascaínas e 16 empates.
ÚLTIMO CONFRONTO
No dia 13 de novembro do ano passado, Vasco e Botafogo se enfrentaram pela última vez em jogo válido pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. No Engenhão, o time da Colina foi superior e bateu o rival por 2 a 0, mesmo com um a menos desde o início do segundo tempo, quando Romulo foi expulso. Fellipe Bastos e Dedé - o melhor em campo - marcaram os gols da partida, que ainda teve um pênalti perdido por Diego Souza. Na ocasião, o resultado levou o Vasco aos mesmos 61 pontos do então líder Corinthians e derrubou o Alvinegro para a quinta colocação. O lateral Cortês foi um dos vilões, pelos erros cometidos.