Clássico é decidido no detalhe. Esta máxima do futebol serve para prever o que pode estar por vir na partida entre Botafogo e Vasco, hoje, às 18h30, no Engenhão. De um lado, Juninho, cuja facilidade para bater na bola virou até música sempre cantada pelos vascaí- nos. Do outro, Andrezinho, que retorna após lesão na coxa direita e busca se firmar como ídolo da torcida alvinegra. Um gol de bola parada sobre o rival pode acelerar este processo.
Se a tarefa de ambos é aproveitar as chances que surgem durante o jogo — faltas perto da área —, os técnicos se preocupam em não oferecê-las ao time rival. “Ele (Juninho) é incrí- vel, tem uma batida diferente na bola, bem característica. É muito difícil marcar e jogar contra um jogador com essa qualidade e com a experiência que ele tem. É um jogador que me preocupa muito nesta partida”, afirmou Oswaldo de Oliveira, que conhece bem o Reizinho por tê-lo dirigido em 2000.
Aos 37 anos, Juninho está bem perto de pendurar as chuteiras. Apesar disso, espera contribuir com os companheiro de Vasco para que o clube volte a ser campeão carioca depois de nove anos. O camisa 8 de São Januário admite que a precisão nas cobranças de falta diminuiu numa relação proporcionalmente inversa à idade.
“Mesmo com tanto cuidado, a idade é um fator que atrapalha. Só você ver que o meu aproveitamento nas cobranças de falta não é mais o mesmo, pois, para evitar lesões, não treino o suficiente para me condicionar como antes”, disse.
Apesar de já ter mostrado sua qualidade em cobranças de falta, Andrezinho reconhece que ainda está longe da precisão de Juninho. Segundo ele, o jogador se destaca pela versatilidade. “Para bater na bola como o Juninho vou ter que ralar muito. Quem me dera. Ele tem várias formas de bater na bola, de longe, de perto. Para mim, o Juninho e o Marcos Assunção são os dois melhores cobradores de falta do Brasil, e arrisco até mundialmente”, elogiou o camisa 10.
O Vasco lidera o Grupo B com sete pontos e uma vitória hoje praticamente o garante na semifinalda Taça Rio. Já o Botafogo está atrás do Macaé no Grupo A e precisa dos três pontos para continuar na zona de classificação. Os rivais contam com a precisão e pontaria de seus especialistas para que os gols não façam falta no Engenhão.
Fonte: Marca Brasil