Edmundo carimbou sua idolatria no Vasco quando marcou 29 gols no decorrer da campanha que culminou no título do Campeonato Brasileiro de 1997. Aquele time é apontado até hoje como uma das grandes equipes da história do Vasco. Olhando de perto o elenco atual, o Animal enxergou semelhanças. Em alguns casos, percebeu até mesmo uma qualidade ainda maior. E um deles é a zaga.
Aos risos, evidenciando ainda mais a felicidade que sentiu ao voltar a São Januário, Edmundo comparou as qualidades de Odvan e Dedé. O primeiro, apesar de já ter passado pela Seleção Brasileira e ter conquistado muitos títulos pelo Vasco, é sempre relembrado com desconfiança pelo falta de técnica. Já o segundo é chamado de Mito pelos torcedores e se tornou um dos maiores ídolos dos vascaínos na atualidade. Edmundo engrossou o coro e exaltou o camisa 26.- Não é fácil comparar, mas pega o Odvan e o Dedé. Vai falar o que? O Odvan jogou comigo, é um grande sujeito, mas o Dedé é muito melhor (risos). Ele vai caçar, destrói a jogada e ainda sai com a bola - brincou Edmundo.
De resto, o Animal enxergou outras semelhanças e apontou a grande diferença entre as duas equipes: a lateral direita. Atualmente Fagner é uma unanimidade enquanto em 1997 ninguém se firmou com a camisa 2. Foram testados Maricá e Filipe Alvim. Na final do Brasileiro, por exemplo, quem jogou foi o zagueiro Válber, improvisado na posição.
- O Renato Silva e o Rodolfo complementam bem o Dedé na sobra, como era em 97. Tem o Nilton e o Nasa, que parecem. O Alecsandro é um homem de área como o Evair era. O Prass e o Carlos Germano, se você fechar os olhos nem vê a diferença tamanha a qualidade de ambos. O que não dá para comparar é a lateral. Hoje o Vasco tem o Fagner. Na minha época não tinha. É difícil fazer este tipo de análise porque o futebol atual mudou muito, é mais correria - explicou Edmundo, que vê Diego Souza como seu herdeiro, prova de que realmente encerrou a carreira.
- Enxergo muitas semelhanças no Diego Souza. O seu futebol lembra muito o meu. Agora é com ele. Vai ser legal jogar a despedida, mas não tenho qualquer pretensão de retomar minha carreira.