Um dos assuntos mais comentados no Vasco no decorrer desta semana foi a ausência de Juninho Pernambucano no empate por 1 a 1 diante do Libertad, na última quarta-feira, pela Libertadores. A justificativa foi um planejamento feito pelo próprio jogador junto com a comissão técnica e o departamento médico. O fato gerou alguma polêmica, já que o meia teoricamente poderia ter sido poupado três dias antes, pelo Carioca, no jogo contra o Madureira - em que foi o destaque. Nesta sexta-feira, Juninho, que volta ao time diante do Botafogo, defendeu a estratégia e explicou os motivos que o levaram a tomar essa decisão.
Segundo ele, somente desta maneira o seu rendimento vai ser o que todos esperam. Ressaltou que não é fácil atuar bem em duas partidas consecutivas, principalmente quando envolve uma viagem cansativa como foi a para o Paraguai.
- Foi muito falado do planejamento do Vasco, e eu queria que o torcedor entendesse. É graças a esse planejamento que eu tenho jogado bem. É algo feito em conjunto pela comissão técnica e é isso que me permite jogar em excelente condição aos 37 anos. Depois do Madureira, ninguém imaginava que eu pudesse render o mesmo diante do Libertad. Por isso foi assim e vai continuar desta maneira para que eu sempre possa render o meu melhor - afirmou.
Para domingo, ele está confirmado. Em relação ao jogo contra o Libertad, na quarta-feira, ele não adiantou a resposta.
- Tudo depende de como vai acabar o clássico. Não é fácil jogar 90 minutos no domingo e na quarta, mas vou tentar fazer o meu melhor. Fiz isso na estreia na Libertadores, contra o Nacional, e o time acabou sentindo. Se eu entrar, vai ser bom. E, se não jogar, a mesma coisa. Na quarta não entrei, e o time foi bem. Só não venceu por tudo que vocês todos viram - afirmou Juninho, que, apesar de ser consultado em relação ao planejamento, garante que respeita as decisões da comissão.
- Jogador não tem que querer. Existe uma hierarquia que precisa ser respeitada. Hoje não me sinto um titular absoluto. Quero jogar sempre, mas temos muitos jovens aqui que estão voando. Por isso, há o planejamento. Só comigo no máximo eu consigo brigar por um lugar - finalizou.
Cristóvão defende estratégia e também deixa escalação em aberto
O técnico Cristóvão Borges também defendeu o planejamento montado por sua comissão. Ele lembrou que nem sempre tudo pode ser levado na ponta do lápis e que cada escalação é feita em função do que aconteceu ao longo da semana e, principalmente, após os jogos.
- Dou como exemplo a participação do Eder diante do Libertad. Era nossa ideia colocá-lo, mas em função do que aconteceu isso não foi possível. Com o Juninho é a mesma coisa. Ele ficou fora de um jogo recuperando a melhor condição. Volta no clássico e ainda pode jogar na quarta. Mas precisamos esperar e ver o que vai acontecer - explicou.
O clássico contra o Botafogo será às 18h30m de domingo, no Engenhão. Na quarta-feira, o Vasco encara o Libertad em São Januário, às 22h. A situação do time é mais tranquila na Taça Rio, em que lidera o Grupo B, com sete pontos. No Grupo 5 da Libertadores, está em segundo lugar, com quatro pontos, três a menos do que o Libertad.
Fonte: GloboEsporte.com