O empate com o Libertad deixou sequelas que serão guardadas para o jogo da semana que vem, em São Januário, pela Libertadores. Os jogadores do Vasco desembarcaram no Rio de Janeiro nesta quinta-feira revoltados com o tratamento recebido no Paraguai. Os zagueiros Dedé e Renato Silva também disseram ter sido vítima de racismo durante a partida, quando foram chamados de “macaco”.
- Teve um torcedor babaca que me chamou de macaco. Isso é muito ruim que ainda aconteça no futebol. Independentemente de ser no Braasil ou em outro país. Infelizmente ainda vai acontecer outras vezes - disse Dedé.
O zagueiro reclamou ainda do tratamento recebido pelo Vasco em Assunção:
- Os ânimos já estão acirrados. Não fomos bem tratados lá. Não deixaram a gente treinar no campo, o vestiário era abafado - afirmou.
Quando chegou no Paraguai, o Vasco foi proibido de fazer o reconhecimento do gramado no estádio Nicolas Leóz. Em campo, Diego Souza, ao sair de campo depois de ter sido expulso, foi atingido por uma garrafa de plástico. Quando foi revidar, o quarto árbitro tentou apressar a saída dele do campo e o meia deu um empurrão no juiz e arremessou a garrafa de volta. Após a expulsão, os jogadores ainda trocaram empurrões.
- Vai ter um brilho diferente para essa partida. Vamos jogar com mais tesão - garantiu Dedé, que explicou porque não revidou os xingamentos da torcida.
- Se fosse fazer alguma coisa, sabia que não ia dar nada.
Renato Silva disse que por vezes é melhor ignorar a torcida adversária.
- Chamar a polícia acaba deixando essas pessoas com mais raiva. Às vezes é melhor ignorar que eles esquecem.
O Libertad chega no Rio na próxima terça-feira. Assim como fez com o Vasco, o time paraguaio não vai fazer o reconhecimento do gramado de São Januário.
Fonte: Extra online