A falta de experiência será o grande obstáculo do Vasco na busca pelo título da Copa Libertadores. A opinião é de Juninho Pernambucano, acostumado com a competição e ídolo da torcida cruzmaltina. Fora da partida contra o Libertad-PAR e torcedor nesta quarta-feira, a partir das 22h, o camisa 8 realizou um treinamento físico durante a manhã na Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Ao lado dos não relacionados, Juninho mostrou disposição para superar os circuitos preparados por Daniel Gonçalves, fisiologista do clube, atender alguns torcedores, e falar com exclusividade ao UOL Esporte sobre o futuro do time na principal competição do continente.
"O Vasco passou 11 anos sem disputar a Libertadores. A pressão é muito grande. Existe uma cobrança para chegar e ser campeão. De uma forma geral isso acaba não sendo bem administrado. O torcedor precisa entender que é um momento de reconstrução. O Vasco necessita ganhar experiência e disputar seguidas vezes a Libertadores. A partir daí, montar um time capaz de entrar para ser campeão", disse o meia.
Juninho alerta que não é pessimista sobre o futuro do Vasco na Libertadores deste ano, apenas acredita que a equipe precisa adotar uma postura diferente dos favoritos após a etapa de grupos. "Acho que o objetivo é passar da primeira fase. Depois, atuar como franco atirador. Inter, Santos, Corinthians e Fluminense estão mais preparados. Mas vou torcer muito em casa. Estamos fazendo uma boa campanha", afirmou.
Poupado da viagem para realizar um trabalho de recuperação física e fortalecimento muscular, Juninho aprovou o planejamento traçado pelo técnico Cristóvão Borges. Sem vaidade, ele espera seguir em boas condições durante a disputa de duas competições simultâneas.
"É um planejamento feito há muito tempo. Acho que por isso consigo jogar bem. É praticamente impossível atuar a cada três, quatro dias. Sabia que iria atuar contra o Madureira e seria difícil jogar na quarta-feira. Não adianta querer fazer mais do que posso. Tenho consciência de tudo o que está acontecendo em meu final de carreira. Não tenho mais vaidade ou orgulho de ser titular do Vasco. Só quero ajudar", comentou.
Sobre a possibilidade de o time sentir a sua falta em um jogo capital para as pretensões na Libertadores, o camisa 8 descartou essa tese e disse não se considerar essencial.
"O jogo de estreia contra o Nacional também era super importante. Joguei e não ganhamos. Não dá para dizer que o time vai sentir a minha falta. Pode ser que sim, mas espero que não. Temos excelentes jogadores e o título mais recente foi sem a minha participação. Com 37 anos não dá para ser o principal jogador do time. Sei que o planejamento é difícil de entender para o torcedor, mas está dando certo".
Sem o craque, o Vasco deve entrar em campo com a seguinte escalação: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Rodolfo e Thiago Feltri; Nilton, Eduardo Costa, Felipe e Diego Souza; Wiliam Barbio e Alecsandro.
Fonte: UOL