O grupo de sete federações que defende a realização de novas eleições promete agir nos bastidores da CBF. Pouco depois do anúncio da renúncia de Ricardo Teixeira, presidentes mantinham-se contrários a José Maria Marin, vice mais velho que herdou o cargo.
– Eleições já. Seis por meia dúzia, não – disse um deles na tarde desta segunda-feira.
Os chamados rebeldes se articularam há três semanas. Tinham a informação de que Teixeira renunciaria. O grupo se preocupava com o excesso de poder nas mãos de São Paulo, já que Marin é muito próximo de Marco Polo del Nero, presidente da Federação Paulista.
Os rebeldes tentaram convocar assembleia para questionar a situação. No entanto, Teixeira determinou a realização de reunião extraordinária para o mesmo dia.
Durante a assembleia, o grupo foi enquadrado por Teixeira, que garantiu a posse de Marin em caso de afastamento. Disse que cumpriria o estatuto da CBF: se renunciasse, o vice mais velho assumiria.
Enquadrados, os rebeldes não contaram nesta segunda-feira com seus líderes. O carioca Rubens Lopes, o gaúcho Francisco Noveletto, o baiano Ednaldo Rodrigues e o mineiro Paulo Schettino estavam viajando.
– A ausência mais sentida foi do Rubinho, com certeza. Ele é daqui do Rio. E também do Noveletto – afirmou o cearense Mauro Carmélio, aliado de Teixeira que soube da renúncia há 15 dias.
Delfim de Pádua Peixoto, presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF) minimizou as ausências. Também integrante do grupo rebelde, Pádua esteve na posse de José Maria Marin:
- O Rubinho está doente e os outros não vieram.
Fonte: Lancenet