Nas duas primeiras rodadas, o Vasco teve o Caldeirão a seu favor. Mas na manhã desta segunda-feira, a equipe embarcou para uma viagem na qual será a equipe a ser pressionada. Antes mesmo de entrar no avião rumo a Assunção, que decolou por volta das 7h30m sem Juninho Pernambucano, o grupo cruz-maltino já tinha a consciência de que não terá facilidades para enfrentar o Libertad, seja dentro ou fora de campo.
A comissão técnica do Vasco acredita que não poderá fazer o treino de reconhecimento no Estádio Nicolas Leoz, local da partida. A alegação é de que seria proibida qualquer atividade de chuteiras para que o gramado seja presevado. No entanto, a informação ainda precisa ser confirmada. No Rio de Janeiro, o clube abriu suas portas para que Nacional do Uruguai e Alianza Lima treinassem em São Januário sem qualquer limitação. Mas segundo Felipe, campeão da Libertadores em 1998, essa situação está longe de ser novidade.
- Desde que disputo a Libertadores vejo que brasileiro trata bem os adversários, mas não é bem tratado. Não sei se é porque somos o país de melhor futebol, mas o fato é que eles catimbam desde o início - ressaltou.
O goleiro Fernando Prass lamentou o fato de o Vasco possivelmente não treinar no Estádio Nicolas Leoz um dia antes da partida. No entanto, lembrou que haverá um segundo confronto contra os paraguaios, que acontece em São Januário no dia 21.
- O ideal era que a gente treinasse, já que a maioria dos times permite. Mas é bom lembrar que é uma via de duas mãos, e se não for possível, o Vasco terá a mesma atitude. Hoje em dia o futebol tem aspectos legais que não são aceitáveis. O ideal era que a preocupação fosse somente com o que acontece em campo, e não que fossem criadas situações fora dele e que apenas diminuem o nível da partida - afirmou o camisa 1.
Outra questão que deixa o Vasco em estado de alerta é o fato de o Libertad ser a equipe de Nicolas Leoz, presidente da Conmebol, que dá nome ao estádio do clube. Por outro lado, a equipe paraguaia é conhecida por não ter uma torcida apaixonada como a do Boca Juniors. Segundo Felipe, o time do Fluminense pode ser visto como um exemplo por ter superado algumas adversidades em sua vitória por 2 a 1 em Buenos Aires.
- Não há pressão maior que a Bombonera. Se o time consegue suportá-la, aumenta muito as chances de vencer, mesmo fora de casa. Se a equipe estiver concentrada, pode aproveitar os espaços deixados pelo adversário, que por atuar em seu estádio sai mais para o jogo - explicou o meio-campo.