O ditado diz que a primeira impressão é a que fica. Mas Franck Assunção tem extamente o prazo para dissipar as dúvidas que correm dentro e fora de São Januário desde sua apresentação, na última quinta-feira. Desmentido por integrantes de Chiasso, da Suíça, e Ascoli, da Itália, depois de dizer que havia trabalhado nos respectivos clubes, o novo diretor executivo do Vasco voltou a afirmar que atuou como “consulente” nestas instituições e confirmou ter contatos importantes na Europa para trazer patrocínios e jogadores importantes. E, em conversa com o GLOBOESPORTE.COM, revelou que o primeiro já foi acionado: o todo-poderoso Milan.
De que forma reagiu às afirmações de representantes de Chiesso e Ascoli de que você jamais exerceu um cargo nestes clubes?
Houve uma grande falta de informação sobre isso. Trabalhei no Chiasso, mas com outras pessoas. Em 2005, participei da venda do Douglas, que jogava no Santos, atuando como consulente de mercado. Nos últimos seis meses estive com Franco Della Torre, que é proprietário do clube. O Riccardo Bellotti, que falou sobre mim, é um secretário que não conheço. No Ascoli, fui diretor executivo de consulência atuando junto de Armando Ortoli, que é diretor executivo do clube.
Como chegou à Itália e de que forma atuou na Europa?
Fui para a Itália com a minha família há 18 anos e comecei trabalhando no futsal. Depois fui para o campo num clube da Quarta Divisão e subindo até começar a prestar consulência para clubes europeus. Conheci muitos jogadores porque era sócio de um restaurante em Padova, na Itália, chamado Brazil Soccer. Muitos atletas o frequentavam. Mas nunca atuei como agente Fifa.
Em três dias de Vasco, o que foi possível fazer de prático e quais são seus planos imediatos?
Por enquanto estou mais ouvindo do que fazendo. Ainda estou conhecendo o clube, escutando os dirigentes e falando sobre a gestão de fluxo. Mas tenho a certeza de que em 30 dias vou mostrar alguma coisa. Isso não é uma viagem minha. Vou bater na porta de empresas estrangeiras e trazer dinheiro para o Vasco. Também vou trazer jogadores e fazer o clube ser reconhecido internacionalmente. A oposição pode falar o que quiser, mas vou trabalhar para acontecerem coisas concretas.
Fala-se muito dos seus contatos internacionais. Eles já começaram a ser acionados em nome do Vasco?
Hoje, por acaso, o Ariedo Braida, diretor esportivo do Milan, me enviou um SMS dando os parabéns por eu estar no Vasco. Mas foi apenas uma conversa com meu “amico”, que é como costumo chamá-lo em italiano. Aliás, ele disse que o Roberto Dinamite é uma grande pessoa. E realmente o Roberto é a pessoa mais maravilhosa do planeta.
Isso quer dizer que algum jogador que pertence ao Milan poderia reforçar o Vasco?
Por enquanto foi uma conversa informal, não falamos sobre isso. Se o Milan tiver um jogador que não está servindo, mas que se encaixa nas necessidades do Vasco, por que eu não pediria ao meu “amico”?
Comenta-se que você poderia ser o representante de um grupo estrangeiro que investiria no Vasco.
Não existe grupo de investimento nenhum. Trabalho para o Vasco da Gama. O clube me contratou para buscar patrocínio e parcerias dentro da esfera empresarial. Quero trazer estrutura para o Vasco.
Fonte: GloboEsporte.com