Rodrigo Santoro, capa da ‘Alfa’ deste mês, fez ensaio exclusivo no Copacabana Palace, e contou à revista sobre o desafio de viver Heleno de Freitas no telão. Além de atuar, ele foi coprodutor e participou até da captação de recursos. No final, injetou dinheiro do próprio bolso: “Nosso modelo de financiamento foi na raça. Passei um ano tentando conseguir uma reunião com Eike Batista (empresário), até fechar, aos 45 do segundo tempo, quando já não sabia mais pra onde ir”.
Para encarnar o ídolo do futebol dos anos 40, ele trabalhou duro. Conta que durante cinco anos colheu depoimentos, ouviu histórias e devorou recortes e fotos de jornal sobre o craque.
E ainda emagreceu 12 quilos para a fase terminal de Heleno, que morreu de sífilis. Sobre o craque, diz: “Heleno era um cara com muita personalidade. Não tenho essa personalidade toda”.
Há sete anos se dividindo entre Rio de Janeiro e Los Angeles, Rodrigo revela que uma das razões que o leva a viver fora é o prazer de não ser tratado como celebridade.
“A experiência de ir ao supermercado é totalmente diferente. Aqui, há uma interferência, com a qual tenho de lidar. Lá, minha única preocupação é: ‘Vou comer agrião ou alface?’”.
Rodrigo, que já participou de produções estrangeiras, conta que não pensa em fazer carreira só no exterior: “Hollywood é só um lugar onde estão me dando trabalho”.