Franck Assunção deve morar na Barra da Tijuca, ainda não sabe se vai para o Paraguai, onde o Vasco joga na quarta-feira contra o Libertad, foi para a Itália aos 17 anos com a família e começou como agente de jogadores de futebol de salão. Um dia depois da apresentação formal no Vasco, com o presidente Roberto Dinamite, o vice de futebol José Hamílton Mandarino e o vice de finanças Nelson Rocha, Franck viu debruçar sobre a figura dele uma série de suspeitas.
Na conversa por telefone com o Jogo Extra, Franck contou que foi sócio de um restaurante na Itália antes de trabalhar no futebol. Ele se defendeu das informações que diziam que não tinha trabalhado no italiano Áscoli e no suíço Chiasso. Franck reafirmou que foi diretor executivo de consulência do Áscoli e que “prestou serviços” duas vezes para o Chiasso. A reportagem tentou contato com os dois interlocutores indicados por Franck, Armando Ortoli, no Áscoli, e um ex-presidente chamado Franco, no clube suíço, mas não conseguiu encontrá-los.
Confira abaixo a entrevista com o ainda mais misterioso novo diretor executivo do Vasco.
Como você tem acompanhado as reportagens que questionam sua credibilidade como diretor de futebol na sua chegada ao Vasco?
Franck: Vocês têm que ligar para as pessoas certas. Liga para o Armando Ortoli, que foi diretor do Áscoli comigo, quando eu era diretor executivo de consulência. Acabei de falar também com o Franco, que foi presidente do Chiasso. Lá, eu prestei serviços duas vezes. Em 2005, quando levei o Douglas, do Santos, eu vendi ele, que jogou junto com o Robinho no Santos. Em 2010 também fizemos um trabalho muito bacana durante seis meses.
Agora, você foi muito cedo para a Europa. Tem 35 anos, estava há 18, chegou aos 17. Sempre trabalhou com futebol, por que foi tão cedo?
Na verdade, fui com a minha família, fizemos uma viagem e acabamos ficando lá. Ficamos cinco anos, voltei para o Brasil, ia e vinha a cada cinco, seis anos. Antes, nós éramos sócios de um restaurante lá na Itália. Eu entrei no futebol como agente de jogador, no futebol de salão, depois fui para as categorias de base.
E você vem para ajudar nas contratações, com investimentos?
Eu estou chegando, cheguei ontem, morei muito tempo lá fora. Estou bastante perdido. No sentido de conhecer o clube, preciso sentar com a diretoria, com o clube, ficamos o dia todo reunido, preciso entender a filosofia do clube. O elenco que temos hoje é muito importante, um dos maios fortes do Brasil. Na verdade, estou vindo para cuidar do futebol, junto com presidente, com Mandarino, para que possa trazer novos negócios para o clube, cuidar de série de coisas.
E jogadores também ou só patrocinadores?
Tenho contato muitos jogadores, gente que tenho muito relaciomaneto, com vários jogadores importantes.
Você trabalhou com o Leonardo, hoje do PSG?
Eu o conheci quando tratava com outro dirigente do Milan e conversamos sobre negócios, mas não trabalhamos juntos.
Você tentou trazer o Vieri e não deu certo? O que aconteceu?
O Vieri é meu amigo, uma figuraça...
Mas por que não fechou negócio?
Isso é passado, não tem sentido falar disso agora. Ele veio, não deu certo, não se adaptou e voltou para a Itália. Só isso.
Como foi o contato com o elenco?
Conheci todo mundo, foi maravilhoso, pessoalmente conheci hoje.
E você já sabe onde vai morar no Rio?
A gente não tem ideia ainda, acho que na Barra, semana que vem a gente está viajando.
Ah, você vai para o Paraguai já?
Não sei ainda, não posso te falar que sim. Pode ser que eu vá.
E o discurso que você acabou deixando lá na sala de imprensa na sua apresentação? Você pretendia dizer tudo aquilo?
É, eu preparei um discurso, acabamos mudando algumas coisas e acabou que não falei aquilo que ia falar. Mas era só para me apresentar mesmo
Fonte: Extra Online