Com 16 clubes no currí- culo, Luizão foi daqueles jogadores que costumam ser chamados de ‘andarilho’ no futebol. No entanto, foi com a camisa do Vasco que o atacante viveu sua primeira grande experiência. Então com 23 anos, ele foi peça importante no time, marcou gols importantes e conquistou a Libertadores em 1998. Hoje, já aposentado, o ex-atacante, que foi campeão do torneio também em 2005, pelo São Paulo, transmite conselhos para ajudar na recuperação do Trem-Bala na competição.
Autor de dois gols nas finais contra o Barcelona de Guaiaquil, Luizão acredita que o nervosismo contribuiu para o tropeço diante do Nacional na estreia deste ano, quando o Vasco perdeu por 2 a 1, dentro de São Januário.
“A estreia do Vasco não foi boa. Acho que o tempo sem disputar a Libertadores (11 anos) acabou pesando, e os jogadores sentiram o nervosismo na estreia. No entanto, o Vasco tem time para classificar. Mas não pode perder mais pontos. O Vasco é o time da virada e tenho certeza de que essa história vai mudar. O time vaireencontrar o caminho com a vitória”, disse o exatacante, que atualmente empresaria a carreira de novos talentos no mundo da bola.
Ao falar sobre a situação do time, que precisa vencer hoje à noite para não se complicar no Grupo 5, Luizão lembrou da recuperação do time em 1998, quando se classificou apenas na última rodada.
“O Vasco fez uma boa campanha ano passado justamente por apresentar um bom futebol nas partidas decisivas. Este ano, ainda não aconteceu. O time foi bem na Taça Guanabara, mas perdeu os jogos mais importantes. Em 1998, a gente conseguiu se recuperar e buscar a classificação. Fizemos valer o mando de campo”, afirmou.
Em 1998, o Vasco conquistou a classificação para a segunda fase por fazer valer o mando de campo em São Januário.Essa é a receita para ir bem na Libertadores?
— Se o fator mando de campo já é importante no futebol, na Libertadores vencer dentro de casa se torna essencial. Afinal, o clima fora do país sempre é hostil e dificilmente o time visitante consegue sair com a vitória. O dever de casa precisa ser feito logo, e é isso que esse time do Vasco tem de buscar contra o Alianza.
Na sua opinião, existe lugar para Juninho e Felipe juntos no time titular?
— Acho indelicado da minha parte opinar, mas Felipe e Juninho são jogadores excelentes, que qualquer clube no Brasil gostaria de ter. É uma escolha que o Cristóvão Borges tem de tomare ele tem feito um belo trabalho à frente no Vasco.
Mesmo com a derrota na estreia,o Vasco ainda é umdos favoritos este ano na competição?
— O futebol sul-americano ficou mais forte, mas os clubes do Brasil ainda entram na Libertadores como favoritos. Não é apenas o Vasco. Todos têm condições de serem campeões este ano.
Conquistar uma Libertadores pelo Vasco foi algo marcante na sua vida?
— Aquele ano foi especial para mim. Ficou marcado para sempre. Pude marcar gols decisivos na primeira fase, marquei contra o Cruzeiro nas oitavas de final e fiz dois nas finais.
Fonte: Marca Brasil