Na véspera da estreia na Libertadores, o Vasco vivia momento de confiança, vinha bem no Campeonato Carioca e ainda feliz pela melhor campanha no Brasileiro nos últimos anos. Mas a festa virou frustração com a derrota por 2 a 1 em casa para o Nacional, do Uruguai, na competição continental. O time cometeu muitos erros, jogou aberto demais e pagou um preço alto. Para não repetir esses erros contra o Alianza Lima, nesta terça-feira, o técnico Cristóvão Borges poupou os titulares sábado diante do Olaria (vitória por 2 a 1) e focou os treinamentos na correção à base de muita conversa.
"A gente tinha que esclarecer e fazer uma análise da nossa situação. Conversamos muito e foi bom porque tivemos tempo para trabalhar em cima do que foi conversado. Então valeu", disse o treinador. "É claro que algumas coisas precisam de mais tempo, mas a partir disso as coisas já começam a melhorar. A gente tinha que esclarecer e fazer uma análise da nossa situação."
Na avaliação de Cristóvão, o excesso de ansiedade prejudicou a equipe no primeiro jogo da Libertadores. "Estreia sempre tem isso. Mas tiramos muitas lições. Aquele jogo ensinou muito a gente. Obrigação de ganhar é natural e quanto mais a gente souber tratar disso, melhor", afirmou Cristóvão. "A ansiedade aumentou e jogamos de forma muito exposta. Viramos presa fácil. Não podemos nos submeter a isso outra vez."
Alecsandro, que faz um bom início de temporada, concorda. "Toda derrota nos traz aprendizado. Por se tratar do jeito que foi, nos feriu. Deixou a gente realmente triste. Não era o programado", lembrou o centroavante, que deve jogar isolado no ataque mais uma vez ¿ Éder Luis, recuperando-se de lesão, só entra no segundo tempo. "Sempre que vamos jogar uma partida lembrando da outra, entramos com um pouco mais de vontade, com aquele algo mais que faltou no último jogo. Derrota nos dá um pouco mais de motivação para a próxima."
Cristóvão também afirma que a experiência da Copa Sul-Americana, durante o ano passado, é fundamental para a recuperação na Libertadores. "Foi muito importante para nós jogar essa competição. Na Libertadores, existe dinâmica de jogo que é diferente. A gente jogou um jogo com o Flamengo que foi nesse nível, mas não é o que ocorre em todas as partidas. A gente joga numa dinâmica um pouco abaixo do que o futebol mundial", explicou.
Fonte: Terra