"Se Deus quiser o Ricardo Teixeira vai continuar na CBF.
E vai acabar essa pentelhação."
Foi assim dessa maneira elegante que Andres Sachez resumiu o que acontece no Rio.
Os presidentes de federações do Brasil inteiro ficaram travados quando viram o primeiro despacho de Ricardo Teixeira, hoje no Rio.
Ele está de volta.
E de cara acabou livrou a Federação Piauiense de sanções.
Quer todos os votos de todos para a provável mudança dos estatutos da CBF.
Teixeira quer deixar claro que não há espaço para revoltas, rebeliões.
Pessoas poderosas na Federação Paulista de Futebol antecipam que ele não estaria mais disposto a renunciar.
Acredita que pode suportar mais tempo a pressão do governo federal e as ameaças veladas da Fifa, de seu novo maior inimigo, Blatter.
Se não conseguir, quer pelo menos amarrar os braços dos presidentes das federações.
E quer deixar acertado por estatuto o mais claro possível que colocar o sucessor dos seus sonhos.
Não quer correr o risco de uma eleição que coloque um dirigente inimigo no seu lugar.
Que exponha as entranhas da CBF.
Muito pelo contrário.
Quer um parceiro.
E o ex-governador José Maria Marin já mandou recados que é ele.
Haverá a garantia se ele assumir no lugar de Teixeira que Andres Sanchez continuará no comando das Seleções.
Mano Menezes no cargo de treinador.
Rodrigo Paiva como diretor de comunicação.
Tem a garantia de Marin.
A quer por escrito.
O medo de Teixeira é o afável Marco Polo del Nero.
Ele é o mentor de Marin.
E não suporta Andres Sanchez.
Teixeira se viu sufocado tanto em Miami como no Brasil.
Repórter chegou até a tocar a campanhia da sua mansão nos EUA.
Por isso decidiu voltar.
Vai tentar ficar, continuar, enfrentar a pressão.
Mas se preparar para um eventual tombo.
E tem no octagenário Marin seu parceiro.
O acordo já foi fechado.
Mas Andres não para de instigar Teixeira a continuar.
O presidente da CBF já se reuniu com advogados.
Consultou sua bancada da bola em Brasília.
Deputados e senadores estão recuando.
Já enxergam luz no fim do túnel.
E acreditam que Teixeira ainda pode arriscar a sobrevida.
Tanto que ele recebeu vários telefonemas e e-mails de apoio hoje.
Principalmente de presidentes de Federações.
Eles agem como se o big boss voltou.
Ficam na posição que os consagrou durante décadas: de joelhos.
O que Teixeira decidir, eles vão aceitar.
O tom de motim acabou.
Como se nunca tivesse existido.
Presidentes de federações consultaram seus advogados.
E eles dissecaram os estatutos da CBF.
A conclusão comum é que tudo continua nas mãos de Teixeira.
Ninguém o tira do cargo.
Só ele mesmo.
E o dirigente não parece tão mais disposto a sair.
"Graças a Deus", diz Andres Sanchez...
Fonte: Blog Cosme Rímoli - R7