O mais recente estudo da Pluri Consultoria coloca a torcida do Corinthians como a mais fiel e lucrativa do Brasil. Reportagem de página inteira do Caderno de Esportes do Estadão, assinada por Wagner Vilaron, esmiuça o trabalho da consultoria e mostra que, apesar de a torcida do Flamengo ser maior do que a do Corinthians, um novo conceito abre mão do aspecto meramente emotivo e valoriza a quantidade de consumidores da marca. Em outras palavras: mais relevante do que ter torcedores é ter clientes.
E o Corinthians, conforme você pode ver no quadro abaixo, aparece em destaque dentro deste novo conceito. O potencial de consumo de artigos relacionados a esporte dos corintianos ultrapassa os R$ 450 milhões/mês, cifra que a coloca na liderança absoluta das torcidas mais “endinheiradas” do Brasil.
Só para se ter ideia do destaque alvinegro neste ranking, a segunda posição é do São Paulo, com R$ 289 milhões, seguido por Flamengo (R$ 287 milhões), Palmeiras (R$ 202 milhões) e Vasco (R$ 110 milhões). “Lembrando que esse potencial está disponível para ser explorado não apenas pelos clubes, mas também por empresas patrocinadoras, fornecedoras de material esportivo, redes de comunicação, varejo esportivo, empresas de produtos licenciados”, explicou o diretor da consultoria e responsável pelo levantamento, Fernando Pinto Ferreira.
Para chegar a estes números, os responsáveis pelo estudo definiram dois critérios objetivos: socioeconômico e geográfico. “A torcida do Flamengo, em números absolutos, é maior do que a do Corinthians. Só que boa parte dos rubro-negros está localizada nas regiões Norte e Nordeste, onde o poder aquisitivo e, consequentemente, o potencial de consumo são menores. Já os corintianos estão em menor número, mas concentrados em regiões mais ricas”, observou o especialista.
Consta do levantamento que o Flamengo ainda possui a maior torcida do País, com 15,2% da população, o que representa pouco mais de 29 milhões de torcedores. Na sequência aparecem Corinthians, com 13,1% (25 milhões), São Paulo, 8,4% (16 milhões), Palmeiras, 6,4% (12 milhões) e Vasco, 4,6% (8,7 milhões).
O que chama atenção, porém, são os números que revelam a concentração destes torcedores. No caso do Flamengo, a fama de ter torcida espalhada por todo o País é confirmada, uma vez que apenas 26% dos rubro-negros estão concentrados no Estado do Rio. “Mas esta conclusão não representa um bom indicador, pois o torcedor que mais consome é aquele que está no mesmo centro do clube, pois ele vive o clima de rivalidade com outros torcedores, o que impulsiona o consumo de artigos relacionados ao clube”, explicou Ferreira. “Torcedores de outros Estados apenas se declaram torcedores, mas não transformam essa preferência em consumo. O desafio, nesse caso, é desenvolver estratégias para alcançar este público.”
Corinthians é 2ª torcida e 1º mercado
Poucos assuntos renderam - e ainda rendem - tanta polêmica e discussão quanto o tamanho das torcidas dos clubes de futebol. Ter uma "nação" maior do que a do rival massageia o orgulho e a autoestima dos apaixonados torcedores. No entanto, um novo conceito, que deixa o lado emotivo de lado e ganha força entre dirigentes e profissionais de marketing esportivo, promete relegar o velho debate às conversas informais entre torcedores. De acordo com a ideia, o importante para o mercado não é o tamanho da torcida, mas a quantidade de consumidores da marca. Em outras palavras: mais relevante do que ter torcedores é ter clientes.
E como tem ocorrido nas mais recentes projeções de mercado do futebol brasileiro, o Corinthians aparece em destaque dentro deste novo conceito. Segundo levantamento realizado pela Pluri Consultoria, o potencial de consumo de artigos relacionados a esporte da Fiel ultrapassa os R$ 450 milhões/mês, cifra que a coloca na liderança absoluta das torcidas mais "endinheiradas" do Brasil.
Só para se ter ideia do destaque alvinegro neste ranking, a segunda posição é do São Paulo, com R$ 289 milhões, seguido por Flamengo (R$ 287 milhões), Palmeiras (R$ 202 milhões) e Vasco (R$ 110 milhões). "Lembrando que esse potencial está disponível para ser explorado não apenas pelos clubes, mas também por empresas patrocinadoras, fornecedoras de material esportivo, redes de comunicação, varejo esportivo, empresas de produtos licenciados", explicou o diretor da consultoria e responsável pelo levantamento, Fernando Pinto Ferreira.
Para chegar a estes números, os responsáveis pelo estudo definiram dois critérios objetivos: socioeconômico e geográfico. "A torcida do Flamengo, em números absolutos, é maior do que a do Corinthians. Só que boa parte dos rubro-negros está localizada nas regiões Norte e Nordeste, onde o poder aquisitivo e, consequentemente, o potencial de consumo são menores. Já os corintianos estão em menor número, mas concentrados em regiões mais ricas", observou o especialista.
Geografia da receita. Consta do levantamento que o Flamengo ainda possui a maior torcida do País, com 15,2% da população, o que representa pouco mais de 29 milhões de torcedores. Na sequência aparecem Corinthians, com 13,1% (25 milhões), São Paulo, 8,4% (16 milhões), Palmeiras, 6,4% (12 milhões) e Vasco, 4,6% (8,7 milhões).
O que chama atenção, porém, são os números que revelam a concentração destes torcedores. No caso do Flamengo, a fama de ter torcida espalhada por todo o País é confirmada, uma vez que apenas 26% dos rubro-negros estão concentrados no Estado do Rio. "Mas esta conclusão não representa um bom indicador, pois o torcedor que mais consome é aquele que está no mesmo centro do clube, pois ele vive o clima de rivalidade com outros torcedores, o que impulsiona o consumo de artigos relacionados ao clube", explicou Ferreira. "Torcedores de outros Estados apenas se declaram torcedores, mas não transformam essa preferência em consumo. O desafio, nesse caso, é desenvolver estratégias para alcançar este público."
É neste ponto que o Corinthians consegue se destacar. Além de ter sua base no Estado mais rico da federação, onde o poder aquisitivo e potencial de consumo é mais elevado, o clube do Parque São Jorge conta com 56% de sua torcida dentro do Estado de São Paulo. De acordo com o estudo, pouco mais de 14 milhões de paulistas declaram-se corintianos, contra 11 milhões de outros Estados (44%).
"Nunca nos interessou ter a maior torcida. Queremos apenas tratar bem a Fiel, dar a ela o que ela quer. Deveria ser objetivo de qualquer clube transformar o torcedor em cliente, consumidor e sua paixão em receita", afirmou o ex-diretor de marketing e atual vice-presidente do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg.
Força santista. Quando o assunto é capacidade de gasto per capto, quem dá bola é o Santos. A divisão do potencial de consumo da torcida santista (R$ 103,4 milhões) pelo número estimado de torcedores (5,2 milhões) chega-se a R$ 19,6 por torcedor. Logo atrás aparece o Corinthians (R$ 17,9), seguido de perto pelo São Paulo (R$ 17,8) e Palmeiras (R$ 16,5). O Flamengo, dono da maior torcida, fica lá embaixo, com apenas R$ 9,8.
Fonte: Coluna Wagner Vilaron - O Estado de S. Paulo