No fim de 2011, Dedé foi premiado como o melhor zagueiro do Brasil. Mas neste domingo, ele exerceu a função apenas por 45 minutos. Durante praticamente todo o segundo tempo da derrota por 3 a 1 para o Fluminense, pela final da Taça Guanabara, o jogador atuou ao lado de Alecsandro no ataque do Vasco. A tentativa aparentemente desesperada de mudar o panorama da partida não foi, segundo ele, algo previamente combinado.
- Eu tento ajudar de qualquer forma e sabia que seria útil no ataque na situação que o Vasco passava. No calor do jogo, fui à frente para tentar ajudar. Não foi algo combinado - disse o zagueiro ao deixar o Engenhão rumo à Suíça para se juntar à Seleção Brasileira que disputa um amistoso contra a Bósnia-Herzegovina nesta quarta-feira.
Como resultado da estratégia, Dedé acabou por ser o jogador do Vasco que mais finalizou ao gol do Fluminense na final, com quatro tentativas. Alecsandro, seu “companheiro” de ataque, chutou apenas uma vez. Thiago Neves, que mais finalizou pelo Fluminense, também teve quatro oportunidades.
Após a partida, Cristóvão Borges garantiu que não houve insubordinação de Dedé. O treinador afirmou que o zagueiro foi autorizado a ir à frente, no que, segundo ele, acabou por ser uma estratégia que deu relativo resultado.
- Desde antes do jogo nós sabíamos que o Fluminense tinha dificuldades nas bolas altas. No primeiro tempo tivemos boas oportunidades dessa maneira. Perdendo a partida, tínhamos que investir nessa jogada, e o Dedé é um bom cabeceador. Por isso o Nilton ficou plantado na defesa e o Dedé foi liberado para ir ao ataque - explicou Cristóvão.
O goleiro Fernando Prass também confirmou que a decisão de mandar Dedé ao ataque foi tomada dentro de campo, sem combinação prévia.
- Foi uma situação de jogo. Perdendo por 3 a 0 não podíamos mais deixar o tempo passar. Foi uma situação que vimos na hora. O Dedé é alto e bom no jogo aéreo. Até deu resultado, porque criamos chances, mas claro que foi arriscado - admitiu.
Fonte: GloboEsporte.com