Vejo o futuro repetir o passado, diz a letra da música ‘O tempo não para’, de Cazuza, que resume bem a situação de Juninho e Deco. Campeões diversas vezes durante a carreira, ambos já assumiram que a aposentadoria está bem próxima. No entanto, antes de pendurarem as chuteiras, eles vão se enfrentar hoje, às 16h, no Engenhão, em mais uma decisão. O duelo dos craques em mais um Vasco x Fluminense é equilibrado, segundo jogadores que ajudaram a escrever a história do clássico.
Tricampeão estadual e campeão brasileiro em 1984, Delei defende Deco. Para ele, que comandou o meio de campo do Tricolor naquela época, o camisa 20 é excepcional. “É um dos jogadores mais refinados do mundo. É uma pena ele estar perto de encerrar a carreira. Deco consegue achar a opção que a arquibancada não vê. É coisa de craque, pois sai do óbvio. O único ponto negativo é a dificuldade física que o atleta tem encontrado”, avalia Delei, revelando qual será a sua torcida. “Vou torcer pelo Deco e alguma coisa me diz que vamos ganhar”, aposta o ex-meio-campista.
Deco, no entanto, prefere falar sobre o adversário. Campeão 23 vezes em 17 anos de carreira, o apoiador enaltece o currículo de camisa 8 do Vasco, que tem 24 títulos. “Temos uma trajetória parecida. Jogamos por muito tempo na Europa e retornamos para o Brasil. Ele praticamente voltou para casa, já que fez uma história bonita no Vasco. É um cara determinado e um grande jogador”, elogia.
Por falar em Juninho, quem faz questão de falar sobre o Reizinho é Geovani, responsável por deixar Roberto Dinamite e Romário diversas vezes na cara do gol na década de 80. “Falar do Juninho é falar de futebol de alto nível. Acho muito parecidos os nossos estilos. Joguei na mesma posição que ele, com a responsabilidade de criar chances de gol”, lembra Geovani, que está em Manaus e vai acompanhar a final de hoje em uma arena chamada São Januário. “O fato de ele ser disciplinado contou muito para o jogador chegar aos 37 anos com qualidade”, acredita o excraque vascaíno.
Fonte: Marca Brasil