Nascido em Salvador, Cristóvão saiu do Bahia com 20 anos. No Rio, foi campeão Carioca logo no ano seguinte que chegou ao Fluminense. O adversário de hoje é lembrado sempre com muito carinho pelo treinador.
— Daquela época não tem mais ninguém lá, mas foram bons momentos — lembrou Cristóvão.
O melhor deles foi contra o Flamengo. Em 1979, Cristóvão marcou o último na goleada de 3 a 0 sobre o Flamengo, no Maracanã.
Com passagens pelo Corinthians e Grêmio, além de ter sido campeão da Copa América de 1989, o cabeça de área Cristóvão uniu a torcida de muitos ex-companheiros de tricolor das Laranjeiras.
— Cristóvão sempre foi um garoto muito tranquilo, gente boa, uma pessoa maravilhosa. Ele merece tudo do que está acontecendo na vida — disse o ex-atacante Cláudio Adão, que passou por quase 20 times na carreira e é sete anos mais velho.
Há cerca de 20 dias, Adão falou por telefone com Cristóvão, que estava jogando futevôlei na praia do Leblon, um dos points do treinador do Vasco.
— Estou torcendo muito por ele, tomara que tenha sorte nesse domingo — disse o amigo.
O ex-zagueiro Edinho lembrou dos tempos de Laranjeiras ao lado de Cristóvão. Ele descreveu o volante como um jogador versátil para a posição — no Corinthians chegou a atuar como meia.
— Jogava também como meia direita. Muito rápido, habilidoso. Mas fora de campo era mais na dele — lembrou Edinho.
Fracasso com Ricardo
A última passagem de Cristóvão, como auxiliar de Ricardo, pelas Laranjeiras, porém, não deixou saudades. Foram poucos meses de trabalho.
— A parceria com a Unimed estava em adaptação, foi muito difícil economicamente e com os jogadores também. Eram jogadores polêmicos, o time já estava montado, não foi nada fácil e não conseguimos desenvolver o trabalho — lembrou Cristóvão.